Polícia prende suspeito de vazar dados de políticos no RS
A Polícia do Rio Grande do Sul prendeu nesta sexta-feira um sargento da brigada militar suspeito de vazar dados sigilosos de políticos gaúchos.
Segundo a Folha apurou, entre eles estão o ministro Tarso Genro e um candidato ao Senado. O mais provável é que se trate do senador Paulo Paim, que tenta a reeleição.
De acordo com informações da "Rádio Gaúcha", César Rodrigues de Carvalho foi preso a pedido do Ministério Público estadual, que investigava um esquema de extorsão de bicheiros em Canoas (RS). Durante as investigações, a promotoria chegou até o nome de Carvalho, que durante dois anos ficou lotado na Casa Militar do Palácio Piratini, sede do governo estadual, hoje ocupado por Yeda Crusius (PSDB).
O Ministério Público apurou que o sargento acessava o sistema integrado de segurança pública do Estado e suspeita que ele utilizava as informações com fins eleitorais. Ainda não está claro a que tipo de dados César Carvalho tinha acesso nem se esse caso se assemelha ao vazamento de informações de dirigentes do PSDB e pessoas ligadas aos tucanos que tiveram o sigilo fiscal quebrado em agência de Mauá (SP).
De acordo com a promotoria gaúcha, o sargento acessava os dados "de forma contumaz e irregularmente". Ele teria montado um banco de dados, e se apresentava como arrecadador de campanhas eleitorais.
Várias testemunhas vinham prestando depoimento ao Ministério Público sobre o caso. Uma delas --um policial da Casa Militar-- teria confirmado que havia suspeitas no Piratini sobre a atuação de Carvalho, mas elas não foram investigadas.
BICHO
Ainda segundo o Ministério Público, citado pela "Rádio Gaúcha", o sargento recebeu dos bicheiros cerca de R$ 5.000 de propina por mês durante dois anos.
Há indícios de que contas dele e da esposa foram custeadas pelos operadores da contravenção.
O Ministério Público concede uma entrevista coletina na tarde de hoje para explicar o caso.
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