Ardi Rizal passou por tratamento intensivo e agora não pede mais o produto
Criança que fumava 40 cigarros abandona vício
O bebê indonésio Ardi Rizal, que chocou o mundo por fumar cerca de quarenta cigarros por dia, largou o vício após receber tratamento intensivo. O caso do garoto, que tem apenas dois anos, levantou dúvidas sobre a política do país para o tabaco, considerada muito permissiva – seis meses após ter recebido o primeiro cigarro do pai, Ardi chegou a fumar dois maços por dia, atacava pessoas que não respondessem aos seus pedidos e batia a cabeça para exigir o produto.
Arist Merdeka Sirait, secretário-geral da Comissão de Proteção à Criança da Indonésia, diz que o menino "parou de fumar e, o mais importante, não pede mais cigarros". Em julho, acompanhado da mãe, o bebê saiu da pequena vila na ilha de Sumatra e foi para Jacarta, capital do país, para passar por um tratamento.
Sirait diz que ele recebeu tratamento psicológico por um mês. Nesse período, os terapeutas fizeram com que ele ficasse ocupado e brincasse com crianças da mesma idade. O secretário-geral diz que a família de Ardi, que supostamente não sabia dos efeitos maléficos do cigarro, ganhou ajuda financeira do governo.
Fumar pode ter efeitos graves para o desenvolvimento das crianças. Até os oito anos de idade, os alvéolos pulmonares, áreas do pulmão responsáveis pela troca de oxigênio e gás carbônico presentes no sangue, estão se desenvolvendo de modo muito acelerado. E fumar ou ser submetido à fumaça do cigarro pode atrapalhar bastante o desenvolvimento do órgão na criança.
Além disso, o tabagismo aumenta o risco de o pequeno contrair doenças complicadas, como asma, bronquite e infecções pulmonares. Segundo a American Heart Association (Associação Norte-Americana do Coração), há evidências de que pessoas que começam a fumar antes dos 20 anos têm maior incidência de doenças coronárias e de aumento da pressão sanguínea.
Em junho, o programa Domingo Espetacular, da Rede Record, visitou o bebê fumante. Assista:
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