Material de construção passa a liderar o movimento varejista no ano
Atividade do comércio avançou 0,3% em agosto, aponta Serasa Experian

O Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio cresceu 0,3% em agosto em relação ao mês anterior (julho/10), já descontadas as influências sazonais. Foi a quarta alta mensal consecutiva do movimento varejista, sinalizando que o consumo voltou a se acelerar no terceiro trimestre de 2010 após um segundo trimestre mais fraco, salientam os economistas da Serasa Experian.

O resultado positivo do mês de agosto foi puxado pela alta de 1,0% no movimento do setor de material de construção, seguido pela elevação de 0,6% observada no segmento de móveis, eletroeletrônicos e informática. Na direção contrária pesou negativamente, em agosto, o recuo de 1,3% da atividade varejista do setor de veículos, motos e peças, após a forte elevação observada em julho (5,3% frente a junho/10, livre das influências sazonais).

Os demais setores varejistas também evoluíram muito próximos da estabilidade, com variações mensais oscilando entre -0,1% e 0,1%.
 
Na comparação anual, isto é, contra agosto de 2009, o crescimento de 8,5% do movimento varejista (o menor crescimento anual desde novembro de 2009) foi puxado pelo segmento de material de construção (alta de 16,9%), seguido pelos ramos de móveis, eletroeletrônicos e informática (elevação de 11,9%) e de veículos, motos e peças (avanço de 9,8%). Com este resultado, o segmento de material de construção passou a liderar a expansão da atividade varejista no ano de 2010, acumulando, até agosto, um crescimento de 16,8% frente ao mesmo período do ano passado.

Os segmentos de veículos, motos e peças bem como o de móveis, eletroeletrônicos e informática aparecem empatados na segunda colocação, com altas acumuladas no ano de 2010 de 16,5% frente ao período acumulado de janeiro a agosto de 2009. Vale lembrar que o varejo como um todo encerrou o período de janeiro a agosto de 2010 com uma expansão de 10,2% frente ao período homônimo de 2009, ou seja, com uma variação acumulada ainda acima de dois dígitos, porém em declínio gradual dada a elevação da base de comparação.