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Repórter News - reporternews.com.br
Brasil Eleições 2012
Quinta - 02 de Setembro de 2010 às 06:02

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Em um forte discurso com cerca de 40 minutos, o candidato do PSDB à Presidência, Jose Serra, voltou a atacar a adversária Dilma Rousseff (PT) por conta da quebra de sigilos fiscais de pessoas próximas a ele, dentre elas de sua filha Veronica.

"Talvez estejamos assistindo a maior demonstração de falta de caráter que o Brasil já viveu", afirmou o tucano.

"Defendo a democracia pra todos. Não só para amigos, para sócios, para cupinchas, para cúmplices", disse em outro ataque ao governo petista.

Serra discursou em um evento para prefeitos com cerca de 2.000 pessoas em São Paulo. O clima é de relançamento de campanha. Segundo a organização, prefeitos de 353 cidades de São Paulo estão no encontro.

Ele criticou a ideia da campanha petista de que a Dilma será como a mãe como o presidente Lula foi uma espécie de pai.

"Nunca vi essa teoria de que país precisa de pai e, depois, de mãe", disse Serra, em discurso que foi encerrado às lágrimas.

O tucano ainda usou novamente a imagem da garupa contra Dilma.

"Não sou boneco de ventríloquo, não preciso andar na garupa de ninguém, não subproduto de uma fraude. Nenhum trecho da minha biografia precisa ficar no cofre durante a eleição."

PEDIDO DE CASSAÇÃO

Nesta quarta-feira, a coligação tucana entrou com uma representação do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) pedindo a cassação do registro da candidatura de Dilma por conta de quebras de sigilos fiscais na Receita Federal.

Serra acusa a petista de usar em sua campanha para a quebra de sigilo fiscal de pessoas ligadas a ele, dentre elas a sua filha Verônica Serra.

Hoje, Dilma Rousseff também rebateu as críticas de Serra.

Segundo ela, Serra tem que provar antes de fazer acusações. Dilma disse que já entrou contra diversas ações contra o tucano e ameaçou de entrar com novos processos.

"Não entendo as razões que levam o candidato da oposição a levar uma acusação tão leviana", afirmou a petista em entrevista ao "Jornal do SBT" na noite desta quarta-feira.

Ela disse que é a maior interessada na apuração da história e defendeu o esclarecimento do episódio antes das eleições.

"Quero repudiar essa prática de levantar acusações e de usar a calúnia ou a leviandade para qualquer vantagem eleitoral."

Mais cedo, Serra culpou o PT de quebrar o sigilo fiscal de sua filha e criticou a postura da imprensa no caso.

"O PT sempre faz assim. Eles aprontam, fazem algo sujo e depois vêm com a outra versão, alguma versão fantasiosa, alguma loucura, e a imprensa pega e fala: aí tem dois lados. Aí não tem dois lados, aí tem o lado da verdade e o lado da calúnia, da fraude, do crime contra a Constituição", afirmou o tucano em São Paulo.

Nesta quarta-feira, a Receita Federal admitiu que "houve falsificação" do documento com a assinatura da filha.

Otacílio Cartaxo, secretário do fisco, leu comunicado no qual informou que o documento original foi entregue ao Ministério Público Federal para investigar o caso.

A Receita confirmou que a declaração de renda de Verônica Serra referente aos exercícios de 2007 e 2009 foi acessada em 30 de setembro do ano passado na delegacia do fisco em Santo André (SP). O documento falso solicitando os dados foi entregue por Antonio Caros Atella Ferreira, que se apresentou como procurador de Verônica --o que não é verdade.

Outras quatro pessoas ligadas a Serra tiveram seus sigilos violados na região, entre eles o vice-presidente do partido, Eduardo Jorge Caldas Pereira.






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