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MT Eleições 2014
Quarta - 01 de Setembro de 2010 às 20:30

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Prefeitos e líderes partidários estão revoltados com as insinuações do empresário Mauro Mendes (PSB) de que o apoio dos dirigentes à reeleição do governador Silval Barbosa (PMDB) teria sido construído em troca de vantagens e benefícios. Para os prefeitos, a postura de Mendes revela desespero e despreparo do candidato do PSB, que nunca assumiu um cargo eletivo, e que em vez de propostas faz ataques.

A revolta não partiu apenas dos administradores municipais, mas de líderes empresariais, movimentos comunitários e da população das cidades, que tem respaldado as decisões dos dirigentes. “Tenho certeza absoluta de que tomei a decisão correta e, por isso, não temo represálias, acusações levianas ou mesmo cassação por infidelidade partidária”, afirma o prefeito Filemon Limoeiro (PPS), de São Félix do Araguaia. O dirigente não esconde a mágoa com Mendes pelas acusações de que prefeitos venderam apoio.

“Escolhemos apoiar quem possui a melhor proposta para Mato Grosso e, particularmente, para o Vale do Araguaia. Portanto, pensar em qualquer benefício soa como apelação”, disse Filemon, que abriu mão de seus sigilos bancário e fiscal e de sua mulher. Indignado, o prefeito Aldecides Milhomem (DEM), de Alto Boa Vista, exigiu respeito para com os municípios, seus gestores e população. “Optamos por apoiar um homem que é do interior, que já foi prefeito de cidade pequena e que conhece bem o nosso sofrimento”, aponta Aldecides, que recebeu diversas manifestações de aprovação à sua decisão de apoio à reeleição de Silval Barbosa.

Um dos poucos a receber ataques pessoais diretos da cúpula tucana, o prefeito Vanderley Proenco Ribeiro (DEM), de Itanhangá, se diz tranquilo e em condições de pedir votos para Silval de cabeça erguida. “O governador Silval demonstrou, junto com o [ex] governador Blairo Maggi, que possui um pensamento municipalista e jamais, em momento algum, poderia ser contrário a ele. Se eu fosse contra, estaria violando os meus próprios princípios, como defensor do municipalismo”, enfatizou.

O prefeito de Itanhangá recorda que o apoio a Silval foi manifestado justamente por causa de seu perfil municipalista do governador. “As pessoas não moram na União, tampouco no Estado, mas, sim, nas cidades. Por isso, investimentos prioritários têm de ser definidos pelos municípios, como deseja Silval”, resumiu Vanderley Ribeiro.

Mais recente apoiador de Silval, o prefeito de Paranaíta (DEM), Pedro Hideyo Miyazima,  declarou que trabalhar pela reeleição do governador era um desejo seu e da população paranaitense. “A vontade do povo está acima de qualquer obstáculo. E o povo tem gratidão por este trabalho que governador, vem realizando no Estado. Onde o povo estiver eu estarei junto. E eu estarei junto com o governador, para trabalharmos pelo desenvolvimento do Estado”, defendeu o prefeito do PSDB, partido que compõe a chapa adversária de Silval Barbosa.

As acusações do candidato Mauro Mendes são feitas no momento em que prefeitos abandonam a chapa encabeçada por ele e passam a apoiar a reeleição do governador. Coincidentemente a reação do adversário também é feita após a divulgação do resultado da pesquisa Vox Populi, pela TV Cidade Verde (afiliada à Band), mostrando que Silval lidera a corrida sucessória ao Palácio Paiaguás, com 38% de preferência do eleitorado. Pelo índice alcançado, o governador teria vitória no primeiro turno se as eleições fossem hoje. Enquanto isso, o empresário aparece em terceiro lugar com 15% dos votos, 23 pontos à atrás do candidato peemedebista.






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