Thelma já avisa que os prefeitos "traidores" serão expulsos do PSDB

A deputada federal Thelma de Oliveira, presidente regional do PSDB, afirma que as lideranças que não apoiarem o projeto de Wilson Santos (PSDB), que tenta conquistar o Palácio Paiaguás em 3 de outubro, serão expulsas da sigla. Este é o caso do prefeito de Paranaíta, Pedro Hideko Miyazima, que há alguns dias subiu no palanque do governador Silval Barbosa (PMDB), adversário do tucano, e fez um discurso emocionado declarando seu apoio a ele. Miyazima garantiu, durante uma carreata que marcou a visita do peemedebista no município no último domingo (29), que sua decisão de "migrar" de palanque se deve à vontade da população.

Embora sejam poucos os casos de lideranças do PSDB que "pularam do barco" de Wilson, quando o assunto é o aval de prefeitos dos partidos aliados, a situação é bem mais complicada. Apenas na última semana, 6 democratas declararam não acreditar que o tucano chegará ao Paiaguás e migraram para o palanque de Silval.

Em contrapartida, Wilson acusa o peemedebista de fazer pressão psicológica, financeira e moral contra vereadores, prefeitos e outras lideranças do Estado para conseguir apoio político. Ainda sobre a existência de pressão contra lideranças, ele alega que a desproporção econômica já era enorme e se torna ainda maior devido ao uso da máquina pública. Segundo ele, Silval comanda um orçamento de R$ 1 bilhão, o que é injusto.

Para fechar com "chave de ouro" a semana passada, Wilson se indispôs com o PTB, partido que também faz parte de sua coligação. O fato ocorreu em Nova Xavantina, no último final de semana. O prefeito Gercino Caetano Rosa estava em Cuiabá e não teria esperado o tucano no aeroporto de Nova Xavantina, após um atraso de mais de 4 horas, e Wilson não gostou. Juntou a isso o fato de Gercino estar apoiando Silval nos bastidores, embora não confirme publicamente. Foi o estopim para uma verdadeira "guerra" entre os dois partidos.

Wilson teria xingado o prefeito petebista e a reação, segundo informações de bastidores, já teria chegado em Brasília, onde o presidente nacional da sigla, Roberto Jefferson, avisou que se Wilson não se retratar, a aliança está "cancelada".