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Nacional
Quarta - 01 de Setembro de 2010 às 01:22

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Zé Paulo Cardeal/Rede Globo/Divulgação
A entrevista do candidato do PSDB à presidência, José Serra, ao Jornal da Globo foi ao ar no início da madrugada desta q
A entrevista do candidato do PSDB à presidência, José Serra, ao Jornal da Globo foi ao ar no início da madrugada desta q

O candidato do PSDB à presidência da República, José Serra, disse durante entrevista ao Jornal da Globo que foi ao ar nesta quarta-feira (1) que o sigilo fiscal de sua filha, Verônica Serra, foi quebrado num "ato criminoso". O tucano afirmou: "um ato criminoso, para efeito de exploração política, até porque nomes sujos da campanha do PT, que eles usam muito isso, já estavam dando dados do ano passado".

A Receita Federal afirmou no final da noite desta terça-feira (31) que o acesso aos dados do imposto de renda de Verônica Serra teria sido feito a pedido da própria contribuinte. De acordo com a Corregedoria da Receita Federal, o acesso aos dados de Verônica foi motivado por uma procuração assinada por Verônica, com firma reconhecida em cartório de São Paulo. Serra rebateu: "é uma mentira descarada".

Serra adisse ainda que só se lembrava de um caso em que um candidato usou a filha de outro para ganhar a eleição. "Eu só me lembrava do Collor com o Lula, em 89. Em que Collor usou a filha do Lula para ganhar a eleição. A turma da Dilma está fazendo a mesma coisa pegando a minha filha. (...) A Dilma está repetindo o que o Collor fez. Agora, Collor está do lado dela e quem sabe ele tenha transferindo a tecnologia", afirmou.

O candidato tucano voltou a acusar o governo federal de fazer loteamento de cargos nas empresas públicas no País. Questionado sobre as privatizações realizadas pelo PSDB, e se elas iriam continuar em um possível governo seu, Serra respondeu que "não tem o que privatizar no horizonte". "Eles fizeram outro tipo de privatização (...) eles usaram os Correios para fins privados, eu vou usar para fins para fins públicos. Eu vou desprivatizar nesse sentido todas as empresas. O que é público vai continuar público", afirmou.

Sobre política externa e as relações com a Bolívia, Serra afirmou que pretende pressionar diplomaticamente o país vizinho para impedir o tráfico de cocaína na fronteira. "O Brasil tem feito muitas coisas boas para a Bolívia. Acho normal um País pressionar diplomaticamente o outro para impedir o contrabando de cocaína. É impossível que o governo boliviano não seja cúmplice disso, porque está sendo feito em seu território", disse, acrescentando que isso não isenta o Brasil de ser responsável pela fiscalização das fronteiras.

O tucano ressaltou os problemas econômicos do País e disse que há três aspectos "perversos" nesse sentido: "a maior taxa de juros do mundo, a maior carga de impostos do mundo e a taxa de investimento governamental, que é uma das mais baixas do mundo", elencou.





Fonte: Terra

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