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Brasil Eleições 2012
Terça - 31 de Agosto de 2010 às 14:31

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Enquanto Dilma Rousseff (PT) pôs a saúde pública no centro de seu programa de TV, José Serra (PSDB) usou o mesmo tema para atacar a adversária petista.

Na tarde desta terça-feira, a estratégia do candidato à Presidência e ex-ministro da Saúde de Fernando Henrique Cardoso foi apontar o assunto como um dos reveses da gestão Lula.

Os últimos minutos de sua propaganda foram preenchidos com cenas de hospitais federais em condições precárias. As imagens --às vezes tremidas, em estilo documentário, para reforçar o tom de denúncia-- mostram estruturas de vários Estados.

No Hospital Universitário da UFRJ, no Rio, são goteiras e rachaduras. O lixo é problema em outro hospital universitário, agora no Recife (PE).

A campanha também usa o caso de Imperatriz, cidade maranhense onde morreram pelo menos 37 crianças, a maioria de recém-nascidos, este ano. Elas tinham ordem judicial para internação imediata, mas não havia espaço na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) infantil, conforme a Folha revelou.

Em seguida, a tela adota fundo vermelho e o letreiro, em preto, diz: "Com Dilma, a saúde não melhora".

Antes disso, Serra reciclou táticas de vídeos anteriores. Mais uma vez, o candidato buscou falar diretamente com as mulheres no programa exibido durante o horário do almoço.

A propaganda também investe em depoimentos femininos contrários à candidata petista.

PT

Se a coligação de Serra elegeu a saúde como calcanhar-de-aquiles petista, o programa de Dilma mostra outro quadro.

Enumera, por exemplo, iniciativas do atual governo na área, como o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), a Farmácia Popular e o Brasil Sorridente. A estratégia foi a mesma dos programas de rádio veiculados às 7h e às 12h.

Segundo a propaganda, o governo Lula triplicou a oferta de genéricos. Um dos feitos, inclusive, é quebrar a patente de um remédio contra a Aids. Numa só tacada, a campanha avança sobre áreas que Serra põe sob sua asa --os genéricos e o combate à doença.

PV

A presidenciável Marina Silva também colocou a saúde pública na berlinda. Lembrou de suas próprias dificuldades para conseguir atendimento médico e expos propostas genéricas sobre o assunto, como apoio a agentes comunitários.

Antes, no rádio, a candidata verde adotou discurso mais atacado ao pedir que o eleitor não caia na "chantagem emocional" de Dilma e Serra, que tratam o Brasil "como se fosse um menino pronto para ser enganado". 






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