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Cidades/Geral
Terça - 31 de Agosto de 2010 às 08:53
Por: Carolina Holland

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O delegado de Campo Verde, Fernando Pigozzi, já relatou o inquérito contra o prefeito de Dom Aquino, Eduardo Zeferino, à Procuradora de Justiça, sob a acusação de atentado violento ao pudor. O inquérito foi encerrado na sexta-feira, quando foi protocolado no Ministério Público. O caso será analisado pelo procurador-geral de Justiça, Marcela Ferra, em virtude do foro privilegiado do prefeito. Segue em segredo de justiça.

Segundo informações da Polícia Civil de Campo Verde, Zeferino foi interrogado no último dia 20 e negou todas as acusações de que teria abusado sexualmente de pelo menos cinco meninas menores de idade. Os crimes teriam sido cometidos há cerca de três anos e as vítimas eram filhas de familiares, amigos e conhecidos do suspeito.

O gestor também estava sendo investigado por crime de coação no curso do processo, por estar supostamente ameaçando as famílias das vítimas, mas não foi indiciado pelo crime.

Zeferino começou a ser investigado há quase dois meses, quando familiares e supostas vítimas procuraram a Promotoria da Infância e da Juventude de Cuiabá para denunciar os abusos. Os depoimentos foram prestados ao promotor de justiça José Antônio Borges.

Devido ao foro privilegiado de Zeferino, o promotor encaminhou o processo contra o prefeito para a Procuradoria de Justiça, sugerindo a prisão de Zeferino. No entanto, por entender que as provas eram insuficientes, a Procuradoria pediu que a polícia abrisse inquérito para investigar as denúncias.

O projeto Batutinha, criado por Zeferino quando ainda não era chefe do Executivo de Dom Aquino, também foi alvo de denúncias. Sem fins educacionais ou educativos, as atividades eram restritas as crianças frequentarem a casa do suspeito e passearem com ele por pontos turísticos de Dom Aquino. Por esses fatores, tanto a polícia quanto a Promotoria de Justiça sustentavam a tese de que o Batutinha era uma forma de Zeferino atrair as vítimas para perto de si.

Uma criança que participava do projeto acusou Zeferino de ter cometidos abusos sexuais contra ela. A menina tinha seis anos na época.

Uma fonte do Diário informou que Zeferino também estava sendo investigado por ter cometido abuso sexual contra uma menor de idade em Itaúba, a 600 Km de Cuiabá, quando ele morava no município. Essa informação não foi confirmada pela Polícia Civil porque as investigações estavam sendo conduzidas em segredo de justiça.






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