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Terça - 31 de Agosto de 2010 às 08:36
Por: Clarice Navarro Diório

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Segundo informações da Agência Fluvial de Cáceres, o rio Paraguai está baixando, em média, um centímetro a cada dois dias. Ontem, o nível da água na régua instalada na baía do Malheiros, e aferida diariamente pela Marinha, era de 1,08 metro. É a maior seca dos últimos dez anos. Como a previsão de chuvas para a região é só para a segunda quinzena de setembro, a situação tende a piorar.

O baixo nível do rio é consequência da seca prolongada que atinge o Centro-Oeste e o Sudeste do país. A situação já foi tema de reportagem do Diário no início de agosto, que mostrou o comprometimento da escoação da safra agrícola de Mato Grosso. Além disso, a seca atinge também o setor turístico, pois em vários pontos do rio, não é possível o trafego de embarcações.

Na época das águas, o nível do rio chega a seis metros, em média. Com a seca, há trechos onde o nível está com 50 centímetros, o que deixa visíveis os bancos de areia, obrigando as embarcações maiores a fazer manobras que permitam o deslocamento. Com a dificuldade de navegar, diminui o ritmo do turismo de pesca.

Em relação ao mesmo período do ano passado, o nível do rio está 18 centímetros mais baixo. Nos últimos dez anos, os níveis mais baixos registrados variaram de 1,10 a 1,40 metro.

A Marinha está alertando os navegantes. A instrução básica é para que evitem trafegar em trechos desconhecidos. O comandante da Agência Fluvial, capitão Pedro Garcia, informa que a Marinha está intensificando a fiscalização das embarcações, especialmente no que se refere aos equipamentos de segurança.

Segundo ele, há cerca de um mês um turista morreu ao cair de uma embarcação no rio Cabaçal, na região do Pantanal, em Cáceres. “Tudo leva a crer que o motivo foi imprudência. O tripulante estava sem o colete salva-vidas”, afirma.

As normas da Marinha especificam que cabe aos comandantes de embarcação tomarem as devidas medidas de precaução. Cabe a eles a decisão de navegar ou não, sabendo em que nível o rio está. Nível baixo pode ocasionar consequências graves, como encalhe, colisão em pedra, entre outras.






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