Eleger Abicalil ao Senado se tornou nova obsessão para presidente Lula
Uma das obsessões do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é eleger o deputado federal Carlos Abicalil (PT) senador da República por Mato Grosso no dia 3 de outubro. A eleição de um dos homens de confiança do grupo que comanda o diretório nacional do partido se tornou uma prioridade para Lula depois da traumática saída da senadora Serys Slhessarenko (PT) da corrida à reeleição em uma disputa interna com o próprio Abicalil.
Além de manter para o Estado uma cadeira do partido no Senado, a eleição do petista também tem por objetivo curar as feridas provocadas pelo racha interno entre Serys e Abicalil provocado após a realização das prévias para escolha do petista como pré-candidato do partido ao Senado. Como conseqüência da disputa, Serys ameaçou desistir da vida política, mas acabou cedendo as pressões e aceitando disputar uma vaga a deputada federal.
A ofensiva em Mato Grosso deve se intensificar ainda mais porque Abicalil está em terceiro entre os três principais candidatos às duas vagas em disputa. O petista faz dobradinha com o ex-governador Blairo Maggi (PR), que é primeiro colocado, mas enfrenta um adversário histórico, o ex-senador Antero Paes de Barros (PSDB), que ocupa o segundo lugar nas pesquisas.
O objetivo do presidente, no plano nacional, é manter domínio total do governo sobre o Congresso Nacional e garantir ampla maioria num eventual governo de Dilma Rousseff (PT). O governo já possui ampla maioria na Câmara dos Dpeutados, mas ainda enfrenta focos de resistência no Senado. Das 54 vagas em disputa, os oposicionistas PSDB, DEM e PPS têm candidatos competitivos em apenas 17, segundo as últimas pesquisas.
A ofensiva foi deflagrada nos programas de televisão e nos palanques nos Estados com o crescimento de Dilma Rousseff nas pesquisas e a possibilidade de a petista vencer a eleição no primeiro turno.
Lula e Dilma têm usado o horário eleitoral para disseminar mensagens de apoio a candidatos aliados com chances de tirar do páreo os senadores que, nos últimos anos, derrotaram o governo em votações importantes, como a tentativa de prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), o imposto do cheque.
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