Cota em universidade privilegia o ensino público e a não raça
Sete em cada dez universidades públicas já adotam algum critério de ação afirmativa, segundo levantamento feito em 98 instituições federais ou estaduais, informa reportagem de Antônio Gois, publicada nesta segunda-feira pela Folha.
Mesmo sem nenhuma lei federal que as obrigue, 70 dessas universidades têm programa de cota ou bônus no vestibular para alunos de escolas públicas, negros, índios e outros grupos.
O estudo, feito por instituto ligado à UERJ (Universidade Estadual do RJ), mostra que alunos da rede pública são os mais beneficiados e que cotas são mais utilizadas do que bônus.
Entre as universidades que dispõem de cotas raciais (a pesquisa não inclui faculdades ou centros), o critério é, em 85% dos casos, a autodeclaração.
Nas instituições cujo processo seletivo beneficia os negros, vigoram mecanismos para evitar que as vagas sejam ocupadas pelos egressos de maior renda.
O assunto divide os especialistas. Parte defende uma lei federal para regular critérios de inclusão ainda tímidos. Para outros, seria um desrespeito à autonomia universitária.
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