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Saúde
Sexta - 27 de Agosto de 2010 às 09:45

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23% dos alunos do 9º ano do ensino fundamental têm excesso de peso
23% dos alunos do 9º ano do ensino fundamental têm excesso de peso

A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar 2009, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (27), mostra que o principal problema nutricional dos estudantes do 9º ano do ensino fundamental é o excesso de peso. Entre os cerca de 60 mil alunos que participaram do estudo, 23,2% tinham excesso de peso, que inclui sobrepeso, 16%, e obesidade, 7,2%.

Percentual de alunos do 9º ano do ensino fundamental, por estado nutricional
Capitais Baixo peso Peso adequado (eutrofia)
Sobrepeso Obesidade
Total 2,9 74 16 7,2
Porto Velho 2,3 76,7 14,3 6,7
Rio Branco 2,1 76,3 15,2 6,4
Manaus 2,2 79,2 14 4,6
Boa Vista 1,5 79,4 14,3 4,8
Belém 2,8 76,5 15,7 5
Macapá 2,3 78,2 14 5,5
Palmas 3 82,1 10,9 4
São Luís 4,2 80,5 11 4,3
Teresina 2,9 80,4 12,1 4,5
Fortaleza 2,2 73,6 16,6 7,6
Natal 2,6 73,2 17 7,2
João Pessoa 4 75,3 14,9 5,7
Recife 2,9 73,7 15,9 7,5
Maceió 3,3 74,7 15,4 6,6
Aracaju 3,2 77,2 14,2 5,4
Salvador 4,4 75,4 14,8 5,5
Belo Horizonte 3,4 75 14,5 7,2
Vitória 2,3 75,5 15,9 6,3
Rio de Janeiro 2,5 70,3 18,3 8,9
São Paulo 2,9 72,8 16,3 7,9
Curitiba 2,4 73,3 17,1 7,3
Florianópolis 2,2 73,5 17,2 7,2
Porto Alegre 1,1 68,3 20,1 10,5
Campo Grande 2,4 72 16,8 8,8
Cuiabá 3,5 74,7 16,2 5,6
Goiânia 3,7 75,6 14,9 5,7
Distrito Federal 3,3 76,7 14,3 5,7

O estudo também mediu a percepção dos adolescentes com relação ao próprio peso. A tabulação dos dados mostra que 35,8% das jovens que se achavam muito gordas estavam no peso adequado. Entre os estudantes do sexo masculino, essa proporção foi de 21,5%.

A maior parcela de estudantes obesos está na rede privada, 9,9%, contra 6,5% na escola pública. Na comparação entre estados, Porto Alegre teve a maior proporção de obesos, 10,5%, seguido do Rio de Janeiro e de Campo Grande, com 8,9%.

Os resultados mostraram que a frequência de estudantes com baixo peso variou de 1,1%, em Porto Alegre, a 4,4% em Salvador.

De acordo com o instituto, foi considerado peso adequado (eutrofia) quando o adolescente apresentou índice de massa corpórea (IMC) acima de 18,5 kg/m² e menor que 25 kg/m² e foi considerado sobrepeso quando o IMC registrado foi igual ou superior a 25 kg/m² e menor que 30 kg/m².

A obesidade foi registrada nos casos de IMC igual ou superior a 30 kg/m² e o déficit de peso apareceu naqueles que apresentaram IMC inferior a 18,5 kg/m². Para calcular o IMC, deve-se dividir o peso pelo quadrado da altura.

Participaram da pesquisa 60.973 estudantes de todas as capitais do país e do Distrito Federal. Destes, 58.971 tiveram suas medidas de peso e altura registradas, segundo o IBGE. A pesquisa foi feita no primeiro semestre de 2009.

O estudo também investigou se os alunos tomavam alguma atitude para perder, manter ou ganhar peso. O resultado mostrou que entre aqueles que não tomam nenhuma atitude com relação ao peso, 14,4% dos adolescentes do sexo masculino estavam com sobrepeso.

Entre as meninas que tentaram perder peso, 51,5% estavam com peso normal. Essa proporção foi de 29,8% no caso dos estudantes do sexo masculino.

Percepção
Ainda em relação à autopercepção, o estudo mostra que entre as adolescentes que se consideravam magras ou muito magras, 25,3% estavam com excesso de peso, contra 29,2% no caso dos meninos. Entre aqueles que achavam estar com peso normal, 16,2% dos jovens e 14,3% das meninas estavam com sobrepeso. Quase 90% dos participantes da pesquisa que tentaram ganhar peso estavam com peso normal.

A escolha do 9º ano do ensino fundamental, segundo o instituto, teve como justificativa o mínimo de escolarização necessária para responder um questionário autoaplicável e também a proximidade da idade de referência preconizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 13 a 15 anos.

De acordo com o IBGE, os resultados mostram que o estado nutricional dos estudantes do 9º ano do ensino fundamental do Brasil confirma outros estudos nacionais e internacionais que apontam para o crescimento da obesidade como desordem nutricional, presente em vários países desenvolvidos e em desenvolvimento.





Fonte: Do G1

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