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Economia
Quinta - 26 de Agosto de 2010 às 15:39

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O processo de acomodação pelo qual passa a economia doméstica pode levar a Abras (Associação Brasileira dos Supermercados) a reduzir sua previsão para o faturamento do setor em 2010, atualmente estimada em alta de 8%.

Nos sete primeiros meses do ano, as vendas dos supermercados brasileiros acumulam alta real de 5,26%, o que significa forte desaceleração ante o ritmo visto até março, quando o indicador apontava avanço de 8,6%. Nos três últimos meses, contudo, as vendas vêm demonstrando tendência de estabilização, apontando uma média de 5,5% de expansão.

"Vamos rever (a meta para o ano) em setembro", disse o presidente da Abras, Sussumu Honda, nesta quinta-feira.

Segundo ele, o movimento é resultado do recuo de preços, principalmente de alimentos, nos últimos meses, afetando negativamente o faturamento das redes supermercadistas. "A demanda e a renda estão aumentando, mas sem pressão inflacionária", afirmou Honda, ressaltando que, por outro lado, os volumes de vendas seguem aquecidos.

Apesar de admitir a necessidade de revisão da projeção anual, a entidade aposta em um cenário positivo para o segundo semestre, quando devem ser vistos números acima de 5,5% de crescimento, porém, ainda inferiores aos observados no primeiro trimestre.

"O mês mais forte para o setor é dezembro", acrescentou o economista da Abras Flávio Tayra.

A Abras informou nesta quinta-feira que em julho as vendas reais dos supermercados cresceram 3,47% na comparação com o mesmo mês no ano passado. Em relação a junho deste ano, houve expansão de 4,2%.

A entidade também apresentou os dados da cesta AbrasMercado, composta por 35 produtos e calculada pela GfK, que em julho recuou 1,54% contra o mês imediatamente anterior. Foi o segundo mês consecutivo de queda nos preços da cesta, o que, segundo Honda, confirma a tendência de arrefecimento.

"Foram dois meses seguidos de deflação, e não são deflações pequenas... O nível de retração dos preços está muito grande", disse ele.

Já na comparação anual, o valor da cesta subiu 1,36%, passando de R$ 268,02 em julho de 2009 para R$ 271,67 no mês passado. 





Fonte: Reuters

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