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Esportes
Quinta - 26 de Agosto de 2010 às 06:35

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Ainda sem previsão do início das reformas em seu estádio, o Palmeiras continua pagando o dobro para utilizar o Pacaembu, a exemplo de hoje, quando vai receber o Atlético-GO a partir das 21h.

Desde que se despediu do Parque Antarctica, no dia 22 de maio --depois disputou só um amistoso, contra o Boca Juniors--, o clube atuou seis vezes no estádio municipal.

De acordo com o diretor financeiro do clube, Francisco Busico, cada partida na nova casa tem custado aproximadamente R$ 60 mil, levando-se em conta só as despesas com taxas administrativas.

"No Palestra, gastávamos em torno de R$ 30 mil por jogo", comparou Busico.

Mas, em determinados jogos, o custo no Pacaembu é ainda maior, conforme levantamento feito pela reportagem, que analisou os boletins financeiros das partidas.

Contra o Botafogo, apenas o aluguel do campo saiu por R$ 62,5 mil. Somados os demais gastos,o jogo custou mais de R$ 211 mil.
"A taxa de administração varia conforme o horário. Partidas noturnas custam mais caro", disse o diretor.

Por outro lado, as médias de arrecadação do Palmeiras na tradicional casa corintiana têm girado na casa dos R$ 222 mil, montante não muito distante do somado nos confrontos em seu estádio.

Nas duas exibições que fez no Parque Antarctica neste Brasileiro, a renda líquida foi de cerca de R$ 246 mil.

Na opinião de Busico, o problema maior não é nem o econômico, mas o cultural. "O torcedor prefere o Palestra, é a casa do clube. Se soubéssemos que as obras do campo podiam ser prorrogadas...", lamentou-se ele.

Busico referiu-se ao atraso nas reformas que visam transformar o Parque Antarctica em uma arena multiuso.

O clube se deparou com duas ações, uma delas movida pelo Ministério Público. A Promotoria de Habitação questionou prefeitura, Palmeiras e WTorre (responsável pela obra) sobre se houve estudo prévio de impacto de vizinhança, necessário em obras de grande porte.

De acordo com o diretor de planejamento do Palmeiras, José Cyrillo Júnior, as questões já foram respondidas pelo clube e pela empreiteira, mas ainda não houve resposta dos promotores públicos.

A Câmara Técnica do Conselho Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável também está analisando o projeto. É apenas depois da aprovação dela que o clube conseguirá o alvará da prefeitura.

"Estamos respondendo o que dá. Não tenho como saber quantas pessoas em média irão aos jogos", disse Cyrillo Júnior. Hoje, a arena do Palmeiras é o Pacaembu. 






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