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Policia MT
Quarta - 21 de Agosto de 2013 às 08:06
Por: ALECY ALVES

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Servidores da Sema estavam envolvidos no crime, entre eles o ex-coordenador de fiscalização
Servidores da Sema estavam envolvidos no crime, entre eles o ex-coordenador de fiscalização
Dez pessoas foram presas e cinco estão sendo procuradas por suspeita de envolvimento em crimes como desvio de combustível e corrupção na fiscalização de desmatamento e pesca predatória, inclusive durante a piracema, período de proibição da atividade pesqueira para permitir a reprodução dos peixes. 



De acordo com dados da “Operação Natureza”, deflagrada pela Delegacia do Meio Ambiente(Dema), há dois empresários envolvidos, mas a maioria dos acusados são funcionários contratados da Secretaria Estadual de Meio Ambiente(Sema), entre os quais o ex-coordenador da Fiscalização da Pesca, João de Deus Correia da Silva, preso na manhã de ontem. 



Também integra a lista dos presos o presidente da Colônia de Pescador Z5, de Barão de Melgaço, Domingos Antônio de Oliveira, conhecido por “Capim”, apontado como responsável por informar aos pescadores quando e onde haveria fiscalização da Sema. 



Além do ex-coordenador João de Deus, que agora está lotado na Coordenadoria de Desmatamento, outros três servidores do órgão estadual de meio ambiente foram presos. São eles: Celso Souza Pinheiro Ferreira, João Santana de Oliveira e Juailson Ortiz. 



Figuram entre os ex-servidores Carlos Henrique Modesto da Silva, Odílio Jesus Vieira, Ismael Almeida Filho, Marcos Vicente da Silva e Salvino Vicente de Almeida. 



Da área empresarial, os delegados Maria Lúcia Amorim e Vitor Hugo Bruzulato listaram como envolvidos Luiz Cláudio dos Santos Leite, dono da Comercial Santos Leite, e Antônia Terezinha de Souza, proprietária de uma peixaria. Santos está foragido, enquanto Antônia não foi presa porque encontra-se hospitalizada. Contra ambos pesa a suspeita de envolvimento na aquisição e revenda de pescado durante a piracema. 



Apontados como atravessadores, aqueles que levam o peixe ilegal até os compradores, Jakcjs de Amorim Arruda(Caveira), Celso Luiz Brito e Antonio Benedito da Silva(Fló), tiveram a prisão temporária decretada. 



Os delegados Maria Lúcia e Vitor Hugo explicaram que as investigações dessa operação começaram há seis meses, a pedido do Ministério Público e Sema, por suspeita de desvio de combustível. Além do furto de 68,6 mil litros de gasolina, um prejuízo de R$ 210 mil, a ação levou à descoberta de um esquema de corrupção para não fiscalizar desmate ilegal e pesca predatória. 



Para conseguir maior quantidade de combustível, os servidores usavam a identificação de barcos que já estavam desativados na oficina por falta de condições mínimas de uso. De acordo com os delegados, entre os acusados da Sema, alguns chegaram a transportar pescado ilegal em carro do órgão para entregar àqueles com os quais negociavam. 





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