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Nacional
Quarta - 25 de Agosto de 2010 às 19:42

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A baleia jubarte de 11 metros e cerca de 25 toneladas voltou a aparecer encalhada na manhã desta quarta-feira na praia de Capão Novo (135 km de Porto Alegre), no Rio Grande do Sul.

Ontem, uma operação de resgate foi montada com biólogos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e da UERGS (Universidade Estadual do Rio Grande do Sul), batalhão ambiental, bombeiros e funcionários da Prefeitura de Capão Novo.

Foram usados guindastes, rebocadores e mergulhadores para ajudar o animal a voltar para o oceano. A baleia foi liberada da bancada de areia onde estava presa, mas não nadou para longe.

Hoje de manhã ela voltou para o mesmo lugar onde havia encalhado.

De acordo com o biólogo responsável pelo resgate, Maurício Tavares, a equipe já contava com a possibilidade de um novo encalhe e por isso eles estavam monitorando o comportamento da baleia no mar desde ontem.

Na noite de hoje, o veterinário do Instituto Baleia Jubarte, Nilton Marcondes, chegou ao Estado para ajudar no monitoramento. Segundo Marcondes, ele vai analisar o estado de saúde do animal e, caso ele morra, farão uma necrópsia para determinar as causas.

Ele diz que encalhes de baleias são comuns no litoral brasileiro. A média de ocorrência dos últimos quatro anos é de 36 casos por ano. No entanto, nos seis primeiros meses de 2010 o número de encalhes já está próximo de 40.

Ele atribui a maior incidência ao aumento no número de baleias no oceano --mais indivíduos, mais mortes-- e à maior ocorrência de ventos soprando do mar para o litoral, o que faz com que carcaças de animais já mortos no mar apareçam na praia.

O veterinário não descarta a possibilidade de efeitos adversos. Desde 2009 aumentaram os casos de encalhe de jubartes no litoral da Austrália. O Instituto Baleia Jubarte quer analisar as amostras para saber se há relação entre os casos.

"Pode ser que haja alguma doença que os estejam matando, ou eles podem estar comendo algum alimento contaminado", diz Marcondes.






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