Vereador do PA é preso em flagrante por torturar sobrinha de 12 anos

Segundo depoimento prestado pela garota à Polícia Civil, Martins a teria castigado por ter saído sem autorização na noite de domingo.

Naquele dia, a menina foi vista por uma tia à noite na praça da cidade, em companhia de amigas. Quando a garota chegou em casa, à meia-noite, a tia estava esperando por ela e afirmou que chamaria Martins para lhe dar um castigo.

A menina mora com a mãe, que presenciou tudo. Martins chegou à casa cerca de meia hora depois. Segundo a polícia, ele pegou um vidro de pimenta e jogou no rosto e nos órgãos genitais da menina, tapando sua boca e pedindo para que ela não gritasse. Enquanto isso, também a agredia fisicamente.

Martins deixou a casa em seguida, mas voltou minutos depois com um par de algemas. Ele prendeu a menina no pé da cama e saiu.

Horas depois, a mãe intercedeu em favor da criança, a quem já havia dado um banho para aliviar a ardência da pimenta. Ela pediu que Martins libertasse a menina. O vereador, então, desamarrou-a do pé da cama, mas a manteve algemada.

A criança foi encontrada por volta das 12h de segunda-feira, depois de uma denúncia anônima feita ao Conselho Tutelar. Ela ainda estava algemada sobre a cama. A mãe afirmou à polícia que não procurou a delegacia porque "já era tarde da noite" e porque, pela manhã, teve que ir ao trabalho.

Segundo a polícia, a criança afirmou que o tio a agredia constantemente. A mãe disse que não.

Martins foi autuado por tortura e cárcere privado e continua preso. Já a mãe da garota não foi indiciada.

A Folha ainda não conseguiu contato com os advogados do vereador.