Corrupção eleitoral motivou novos pleitos

Dados disponibilizados pela secretaria judiciária do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) revelam que a maioria das eleições suplementares tem como causa a corrupção eleitoral. Dos quatro, três que são alvo de processos que podem gerar novos pleitos ainda em 2010 têm como principal ponto de análise a “captação ilícita de sufrágios” ou compra de votos.

Em processo que tramita na Corte Eleitoral, o prefeito eleito de Poconé, Clovis Damião Martins, teve seu mandato cassado por compra de votos. O TRE manteve decisão da primeira instância da Justiça Eleitoral, negou recurso para o gestor no dia 4 de maio e agora avalia embargo de declaração. O relator da ação é o juiz Samuel Franco Dalia Júnior. Caso tenha indeferido o embargo, ele ainda pode recorrer junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Em Matupá, o prefeito Fernando Zafamato é acusado de compra de votos. Conforme a denúncia, ele teria oferecido dinheiro para eleitores. Cassado, ele teve indeferido recurso junto ao TRE no dia 29 de junho. Ele também pode recorrer ao TSE.

O TRE manteve ainda a cassação da prefeita eleita de Campos de Júlio, Claídes Lazaretti (PMDB), por abuso de poder econômico e captação ilícita de sufrágio. A Corte manteve a cassação no dia 15 de julho deste ano. Em Ribeirão Cascalheira, onde também foi determinada nova eleição, ainda não foi definida data para o novo pleito.