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Sexta - 20 de Agosto de 2010 às 14:26

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De acordo com o monitoramento da balneabilidade realizado este ano por técnicos da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), oito das praias monitoradas na Baixada Cuiabana e região Oeste de Mato Grosso estão inadequadas para recreação, banho ou mergulho. Foram reprovadas as praias da Comunidade São Gonçalo, em Cuiabá; Bonsucesso, em Várzea Grande; Praia da Mutuca, em Cuiabá, Praia do Centro, em Santo Antônio; Praia das Veredas, também em Santo Antônio; Praia do Rio Paraguai, em Barra do Bugres; Córrego Peraputanga e Praia da Carne Seca, na região de Cáceres. A água dos rios citados não atingiu índices satisfatórios, na avaliação efetuada por analistas do Laboratório de Monitoramento Ambiental da Sema.

O teste foi feito em 26 praias do Estado, no período de 14 de junho a 20 de julho, para avaliar suas condições (Própria e Imprópria), de acordo com a Resolução Nº 274 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

Este ano, a novidade, está na inclusão, para análise, das praias Nortefly, em Nortelândia; praia do Cortado, em Sinop e, a praia do Coxipó do Ouro, que voltou a ser monitorada. O motivo principal destas inclusões é o grande número de frequentadores nesses locais, principalmente nos fins de semana.

O coordenador de Ordenamento Hídrico, da Superintendência de Recursos Hídricos da Sema, Leandro Maraschin, explica que “o objetivo deste trabalho é informar a população sobre a qualidade das águas dos locais monitorado.

Ele ressalta que, a condição da qualidade da água é sazonal. No período de chuva, mesmo que haja indicação de que a água seja “própria” para recreação, é preciso evitar o uso das águas já que muito material é carregado para o rio pelas águas de chuva.

Desde o ano de 1995 a Sema realiza a análise das águas das praias. A avaliação é feita em cinco semanas consecutivas de estudos. Neste ano, os locais de coleta, num total de 26, foram: Praia do Pari, Passagem da Conceição, Bonsucesso, Ponte de Ferro, Comunidade São Gonçalo, Comunidade Coxipó do Ouro (Ponte), Rio Mutuca, Rio Claro, Salgadeira, Cachoeirinha, Cachoeira dos Namorados, Cachoeira da Martinha, Praia do Julião (Cáceres), Praia da Carne Seca (Cáceres), Praia do Daveron (Cáceres), Praia do Iate Clube (Cáceres), Córrego Peraputanga (Cáceres), Praia das Embaúbas (Rosário Oeste), Praia do Rio Paraguai (Barra do Bugres), Rio Bugres (Barra do Bugres), Praia Nortefly (Nortelândia), Praia do Centro (Santo Antônio do Leveger), Praia das Veredas (Santo Antônio do Leverger), Condomínio Portal das Águas (Lago de Manso), Coxipó-Açu (Sinop).

Teste

De acordo com o monitoramento, as águas são consideradas próprias quando 80% ou mais de um conjunto de amostras obtidas em cada uma das cinco coletas realizadas no mesmo local houver, no máximo, 800 Escherichia coli por 100 mililitros.

As águas são consideradas impróprias quando no trecho avaliado for verificado valor da última amostragem superior a 2000 Escherichia coli por 100 mililitros, além disso, a presença de resíduos (sólidos ou líquidos), óleos, graxas, ou lixo nas praias contribui para que a água torne-se imprópria para a recreação.

O gerente de Laboratório e Ensaios da Sema, Sérgio Batista de Figueiredo, explicou que a condição imprópria de algumas praias dos rios Cuiabá e Paraguai está relacionada com o alto índice de matéria orgânica verificada nesses locais. “Essa matéria orgânica é oriunda de esgoto doméstico que, sem o tratamento adequado, é lançado nos rios de Cuiabá, Várzea Grande, Santo Antônio, Cáceres e Barra do Bugres”.

Em relação à praia da Carne Seca, localizada no município de Cáceres, foi considerada imprópria, em razão da presença de draga próximo ao local, excesso de lixo e a elevada carga orgânica oriunda de efluentes domésticos da cidade lançados no rio Paraguai.

“A praia do rio Mutuca foi pela primeira vez considerada imprópria desde 2003, quando teve início o seu monitoramento”, salientou o gerente do Laboratório. Segundo ele não foi possível visualizar, durante as amostragens, possíveis fontes de lançamentos de efluentes no rio. Mas, de acordo com Sergio Figueiredo, as amostras coletadas indicam a presença de lançamentos importantes de efluentes ou aporte de matéria orgânica devido a processos em curso de supressão de mata ciliar.

Nas praias analisadas serão fixadas placas informativas sobre as condições de água com classificação de “Própria” ou “Imprópria” para recreação.





Fonte: TVCA

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