“Este atentado corresponde do ponto de vista simbólico para os magistrados ao 11 de Setembro para o mundo. É o momento de se repensar a segurança da Justiça brasileira”, afirmou o presidente do TSE.
Ele descreveu o atentado em Sergipe como um “crime hediondo” e afirmou que os criminosos tiveram “enorme ousadia” e praticaram uma “violência sem precedentes”. “Foi um atentado muito bem planejado, mas que felizmente não teve o sucesso esperado”.
Lewandowski aproveitou o encontro com os colegas dos TREs para dizer que o atentado não vai intimidar a Justiça eleitoral. “A Justiça eleitoral não se intimida e o processo eleitoral continuará na normalidade”.
O presidente do TSE defendeu a necessidade de se reforçar a segurança para os magistrados e todos os profissionais que trabalham no Judiciário. Lewandowski defendeu o aumento na contratação de servidores concursados para a área de segurança, tanto para a proteção física dos tribunais quanto para a pessoal dos profissionais da Justiça e dos familiares dos magistrados.
“A partir desse 18 de agosto, que é o nosso 11 de Setembro, temos de mudar a cultura relativa à segurança da magistratura. (...) Temos quase 16 mil colegas e não temos autoridades públicas de segurança para proteger a todos adequadamente. Precisamos desenvolver inteligência em relação a questões de segurança. Atualmente temos foco na segurança patrimonial e temos desdenhado a segurança pessoal dos magistrados, que é muitas vezes feita por pessoal terceirizado”, afirmou.
O presidente do TSE conclamou os colegas também a tomar mais cuidado com questões relativas a segurança. Ele recomendou que os itinerários sejam alterados com maior frequência e que haja reforço na segurança, "sem exageros". Ele lembrou ainda que os colegas podem requisitar forças nacionais de segurança para garantir a eleição, mas pediu que o façam "com parcimônia".
Sobre o caso de Sergipe, Lewandowski afirmou que possivelmente está na raiz do atentado um episódio de queimas de urnas eleitorais em uma cidade do interior do estado. De acordo com o presidente do TSE, o crime deve ser motivado por "vingança".
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