Partido diz que deixou de declarar o montante de R$ 305 mil em espécie que a candidata afirma possuir
DEM assume culpa do “empobrecimento” de Chica Nunes

O Diretório Regional do Democratas (DEM) em Mato Grosso reconheceu, nesta quinta-feira (19), por meio de uma nota oficial, um erro na declaração de bens da deputada estadual Chica Nunes, em documento encaminhado à Justiça Eleitoral, para efeito de registro da candidatura da parlamentar à reeleição.

Com a alegação de que houve uma "omissão involuntária", o partido deixou de declarar o montante de R$ 305 mil em espécie, que a candidata possui. Segundo o presidente do DEM, Oscar Ribeiro, a correção dos dados já foi solicitada ao Tribunal Regional Eleitoral (TSE).

Conforme a declaração divulgada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Chica Nunes teria patrimônio de apenas R$ 39,4 mil, originário de parte de uma casa no valor de R$ 8,6 mil, parte de 10 hectares de terras no Distrito do Sucuri, em Cuiabá, avaliada em R$ 6,8 mil, um terreno também na mesma localidade, no valor de R$ 16 mil, e um Fiat Uno avaliado em R$ 6 mil.

A correção foi feita após a candidata declarar à Justiça Eleitoral que doou para sua própria campanha um montante de R$ 76.760,00, sendo R$ 75 mil em dinheiro. Além disso, declarou ter recebido R$ 2.270,00 de doações de pessoas físicas, perfazendo um total de R$ 78.940,00 de receita para campanha eleitoral.

Conforme dados do TSE, a deputada estadual teve uma queda de 88,1% em seu patrimônio, ficando R$ 291.956 mais "pobre" entre o pleito de 2006 e o de 2010. Na eleição passada, Chica declarou possuir R$ 331.356,72 em bens.

Deste montante, a democrata tinha R$ 51.330 guardados em uma conta poupança, R$ 650,00 de saldo em conta corrente, R$ 100 mil de dinheiro em caixa, R$ 1.236,00 de saldo em conta corrente e um apartamento no valor de R$ 138.740,28, localizado no bairro Goiabeiras, em Cuiabá.

"Rombo" na Câmara

Ex-presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, a deputada é acusada de ter causado rombo de aproximadamente R$ 6,4 milhões aos cofres públicos da Casa de Leis, entre os anos de 2005 e 2006. O caso tramita na Justiça Estadual.