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Cidades/Geral
Quinta - 19 de Agosto de 2010 às 23:49

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Após as denúncias de abuso sexual contra crianças e adolescentes se tornarem públicas, o jantar de despedida que seria realizado em homenagem ao juiz Fernando Márcio Marques Sales, que atuava em Paranatinga (a 373 km ao sul de Cuiabá), foi cancelado. A despedida seria realizada nesta quinta-feira (19) em um restaurante da cidade e havia sido organizada por profissionais da área jurídica da localidade.

Segundo um advogado do município, que concedeu entrevista por telefone ao Olhar Direto, assim que foi anunciada a transferência do magistrado para Cotriguaçu (a 950 km a noroeste de Cuiabá), os profissionais resolveram oferecer o jantar para se despedirem do juiz. No entanto, de acordo com ele, o encontro foi cancelado quando vieram à tona as informações sobre o suposto envolvimento de Fernando com os crimes.

Apesar de existirem muitos boatos no município, as denúncias que se tornaram públicas e a presença no município do juiz Alexandre Elias, da Corregedoria-Geral da Justiça de Mato Grosso, na última segunda-feira (16), foi crucial para o cancelamento.

O juiz-corregedor colheu pelo menos sete depoimentos, entre informações de adolescentes, de uma criança e pais delas. O magistrado afastado participou das oitivas, mas na maioria delas não pode ficar presente na mesma sala. Ele também foi ouvido pelo juiz-corregedor.

Além disso, os profissionais também receberam a notícia do afastamento cautelar do juiz, determinado pelo presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargador José Silvério Gomes, nesta quarta-feira (18), conforme publicado no Olhar Direto. “Cancelamos devido aos acontecimentos”, informou o advogado.

Conforme a Procuradoria do município, as acusações que pesam contra o juiz são de 2008 e foram entregues pela Polícia Federal ao órgão em meados de julho deste ano. Em seguida, o promotor de Justiça encaminhou os documentos que continham pelo menos três depoimentos de adolescentes e de uma criança à Procuradoria-Geral da Justiça que, por sua vez, encaminhou à Corregedoria-Geral do TJ, que investiga o caso.






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