Evento do sistema Crea/Confea movimenta economia e avalia política públicas
Com a previsão de cerca de 2,5 mil inscritos participantes de todo Brasil, a 67ª Semana Oficial da Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia (67ª Soeaa) e o 7º Congresso Nacional de Profissionais pretendem mostrar a força econômica e de auxílio à gestão pública e privada do setor. A semana será realizada no Centro de Eventos do Pantanal, de 22 a 28 deste mês, e terá como tema "Construindo uma agenda estratégica para o Sistema: desafios, oportunidades e visão". Em Manaus, local da última edição, foram 1,6 mil inscritos.
O presidente do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Mato Grosso (Crea-MT), Tarciso Bassan, destacou com dois dados o tamanho e o impacto socioeconômico do evento. "Ajudamos a construir 70% do Produto Interno Bruto (PIB), seja no comércio, indústria ou serviços, no campo ou na cidade. Não tem desenvolvimento sem o sistema Crea/Confea", conta. "Os profissionais de fora serão cerca de 1.800 a 2 mil pessoas. Eles vão gerar em bares, hotéis, restaurantes e toda gastronomia de 250 a 300 reais por dia. Serão 3 milhões de reais por dia", compara.
O evento vai gerar cerca de 1,5 mil empregos diretos, segundo o organizador do evento, Jaime Okamura. Ele também diz já haver obstáculo para a hospedagem de participantes. "Hoje fechamos com três motéis e vamos colocar gente no Hotel Águas Quentes", diz. As informações mais relevantes sobre os eventos foram apresentadas à Imprensa nesta quarta-feira, na sede do conselho.
Para debater o futuro e planejamento futuro do país e a participação de profissionais do sistema Crea/Confea, a programação da semana prevê também um debate presidencial entre os candidatos, no dia 24 ou 25, segundo o presidente do Crea-MT. Constam ainda da semana o Fórum Jovem e da Mulher. Haverá ainda uma exposição da Agência Espacial Brasileira sobre lançamento de satélites.
AEROPORTO - Ao destacar tópicos da programação da 67ª Soeaa, o presidente do Crea-MT, Tarciso Bassan enumerou a preocupação de todo o sistema para as obras públicas de infraestrutura para a Copa do Mundo Fifa 2014. Essa foi uma das motivações que fez a organização do evento fazer uma reunião com o governador no dia 23 de agosto, às 11 horas, para levar a preocupação da comunidade com relação ao Aeroporto Internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá. Ele disse que há uma semana, a direção da Infraero apresentou aos profissionais e à direção da Agecopa "um puxadinho, um módulo provisório".
O presidente do Crea-MT teceu considerações e críticas à gestão da Infraero em especial no caso da ampliação e reforma do aeroporto. "O grande problema é que nem projeto o aeroporto tem". Bassan diz que como atribuição da Infraero, os aeroportos das 12 cidades sedes não estarão prontos até 2013 para a Copa das Confederações. "Não estará pronto em Várzea Grande. Existe falta de vontade política, de conhecimento técnico. Eles são engessados".
O presidente do Crea-MT pediu licença aos jornalistas presentes para chamar a atenção sobre a obras de infraestrutura urbana . "Temos que acabar com a corrupção no país, porque ela está ligada à obra pública. E se existe obra mal acabada, é por falta de compreensão de maus gestores que não aplicam de forma correta a técnica da engenharia", disse. Ele citou certa complacência da mídia na Copa do Mundo da África do Sul quanto ao tema infraestrutura, mas que no Brasil não será semelhante, pois haverá crítica.
Ele ainda citou o caso das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em Cuiabá e Várzea Grande como falta de transparência pública e utilização de técnica adequada de profissionais ligados à organização, critérios que tanto defendem os dirigentes do sistema Crea/Confea.
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