Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quinta-feira (19) pelo Ministério do Trabalho mostram que foram criados 181.796 postos de emprego com carteira assinada em julho deste ano. Com isso, a criação de empregos formais não bateu recorde para este mês.
O melhor julho da série histórica do Ministério do Trabalho, que começa em 1992, foi registrado no ano de 2008, quando foram abertas 203,21 mil vagas formais de trabalho. O emprego com carteira assinada registrou recordes seguidos, contra o mesmo mês de anos anteriores, entre janeiro e maio deste ano, interrompendo a sequência em junho.
Criação de empregos de janeiro a junho (Foto: Editoria de Arte/G1)
Acomodação
"Há uma acomodação. Até o Henrique Meirelles [presidente do Banco Central] está otimista. Se ele está otimista, eu estou no céu. Vamos ter recordes sucessivos em agosto, setembro, outubro e novembro. Já teve a acomodação necessária e a indústria já está praticamente superando a sua capacidade de produzir, que foi a de 2007. O mercado consumidor também continua forte e há uma recuperação no mercado internacional", avaliou o ministro do Trabalho, Carlos Lupi.
Os números do governo revelam, porém, que a criação de empregos foi recorde no período de janeiro a julho deste ano, quando foram abertas 1,65 milhão de vagas. O recorde anterior havia sido registrado em 2008, quando foram abertos 1,56 milhão de postos formais de emprego nos sete primeiros meses daquele ano.
Previsão para 2010
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, declarou que está mantida a previsão de que sejam criados 2,5 milhões de empregos formais em todo ano de 2010. Se confirmada a marca, será novo recorde histórico. O atual recorde, para um ano fechado, foi registrado em 2007, com a abertura de 1,61 milhão de postos formais de emprego.
O Ministério da Fazenda, porém, prevê a abertura de 2,2 milhões de postos com carteira assinado neste ano, valor abaixo do previsto por Lupi. "A Fazenda é sempre mais conservadora. Se você reparar, há um tempo atrás, eles não previam nem 2 milhões [de vagas em 2010]", disse o ministro.
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