Cada vez mais americanos acham que Obama é muçulmano, diz pesquisa

Os resultados mostram que 18% --quase um em cada cinco estadunidenses- acham que seu líder segue os preceitos do Islã, um aumento em relação aos 11% no ano passado. Além disso, 43% dizem não saber qual religião Obama segue. Apenas 34% informaram aos pesquisadores que o presidente é cristão.

Em comparação com os números do ano passado, a pesquisa indicou dados preocupantes para a Casa Branca.

Em meio às guerras no Afeganistão e no Iraque e após anos da doutrina Bush e sua campanha intensa contra o fundamentalismo islâmico e grupos terroristas, a ligação da imagem de Obama ao Islã seria altamente preocupante para seus índices de popularidade.

O Pew Research ressaltou em seu relatório que a pesquisa foi conduzida no início de agosto, após os comentários do presidente sobre a proposta de construção de uma mesquita próximo ao "ground zero", o marco zero onde se localizava o World Trade Center antes do atentado de 11 de setembro de 2001.

OPOSIÇÃO

A visão de que Obama é muçulmano é mais difundida entre seus opositores do que em meio à parcela da população que o apoia, diz o instituto.

Mas mesmo entre os democratas o número de americanos que agora acreditam que o líder é cristão vem diminuindo. Em agosto deste ano cerca de 46% dos democratas consideram o presidente como adepto do cristianismo, uma queda em relação aos 55% que tinham a mesma opinião em março de 2009.

A crença de que Obama é um seguidor do Islã aumentou mais intensamente entre os republicanos, cerca de 14% em comparação com 2009.

INFLUÊNCIA

Ao citar a origem de suas opiniões sobre a religião de Obama, 60% dos que acreditam que ele é muçulmano citam a mídia.

Assim como era com George W. Bush, a população em geral considera que Obama usa suas crenças religiosas de forma correta ao implementar suas políticas de governo.

Praticamente metade dos americanos (48%) acham que a religião do presidente influencia de forma suficiente as decisões políticas do líder, enquanto 21% indicaram que ele deveria levar ainda mais em consideração os preceitos cristãos ao tomar decisões importantes.

A pesquisa do Pew Research mostrou ainda que 52% do público dizem que as igrejas não deveriam influenciar a política nacional.