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Economia
Quarta - 18 de Agosto de 2010 às 21:23

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No Brasil, a quantidade de imóveis financiados subiu de 123,9 mil, em 2009, para 187,6 mil no primeiro semestre deste ano, o que representa aumento de 51,5%. Em junho foram financiados 40,8 mil imóveis no País e um crescimento de 77% no volume financiado, que saltou de R$ 13,4 bilhões para R$ 23,8 bilhões, de acordo com dados da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança). As expectativas da Abecip, para este ano, são otimistas. A associação prevê que o financiamento imobiliário com recursos da poupança seja de R$ 45 bilhões a R$ 50 bilhões em 2010.

Corretores e empresários do ramo imobiliário afirmam que os juros baixos, prazos alongados e crescimento econômico estimulam a demanda por crédito imobiliário. Atualmente, a poupança e o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) são as duas principais fontes de recursos do setor habitacional.

A oferta de crédito deverá permanecer em alta no segundo semestre, o que poderá gerar “impacto positivo nos setores de bens duráveis e da construção civil”, segundo dados de uma pesquisa do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), divulgada na segunda semana de agosto.

E Cuiabá segue a tendência. A partir das linhas de crédito, o número de imóveis financiados apresentou um aumento considerável. “Hoje o processo é facilitado. Muita vezes, até quem tem dinheiro para comprar à vista, opta pelo financiamento. O juro cobrado para o financiamento imobiliário é o mais barato existente no mercado financeiro atualmente”, explica o presidente do Sindicato da Habitação de Mato Grosso, Marco Pessoz, acrescentando que cada um pode se programar conforme a sua necessidade de caixa, seus programas de investimentos, e optar para fazer circular o seu dinheiro e aproveitar a baixa taxa de juros do mercado imobiliário.

Diante desse cenário, instituições financeiras estão se aproximando cada vez mais de construtoras e imobiliárias para otimizar ainda mais o setor de financiamento. Para o gerente de mercado do Banco do Brasil, Rubens Valentim dos Santos, o setor é promissor. “Há cerca de um ano e meio, o Banco do Brasil passou a operar no segmento de crédito imobiliário. De lá pra cá, a instituição ampliou em 200% o volume das operações”, afirma Rubens. Segundo ele, o Banco do Brasil continuará investindo no setor, e uma das ações é a aproximação junto às entidades de classe do setor imobiliário, como o Secovi-MT.

Em reunião com o Secovi-MT, Rubens ressaltou a agilidade do processo para liberação de crédito, a destinação de uma agência especializada para atender os Conselhos de classe, além de convênios com estes, cujo resultado são taxas mais atraentes para os consumidores. O banco tem como meta se tornar o terceiro maior financiador da casa própria em três anos, atrás de Caixa Econômica Federal e de Itaú Unibanco. A ideia é elevar a carteira dos atuais R$ 2,1 bilhões para R$ 3 bilhões até o final de 2010.

Investidores - A facilidade de crédito e incentivos governamentais para aquisição de imóveis também chamou a atenção de muitos investidores de outras áreas que enxergaram no mercado imobiliário uma forma de se obter retornos financeiros muito superiores a qualquer outra aplicação, além de oferecer grande segurança.






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