Categoria não aceitou proposta do governo; hospitais paulistas aderem
Greve de médicos-residentes continua nesta quinta em todo o país
A greve nacional dos médicos-residentes continua nesta quinta-feira (18) porque a categoria não aceitou a proposta do Ministério da Saúde que ofereceu um reajuste de 20% na bolsa-auxílio de R$ 1.916,45, segundo a ANMR (Associação Nacional de Médicos Residentes). A categoria pede aumento de 38%, mais a instituição dos auxílios moradia e alimentação, além da correção dos valores futuros da bolsa-auxílio, usando como base a inflação e o aumento do salário mínimo. Ao menos 18 mil residentes aderem a greve, número equivalente a mais de 80% dos médicos residentes do país, de acordo com a associação.
A proposta do governo foi recusada em assembleia realizada na noite de terça-feira (17) pela associação e reiterada hoje. A paralisação, iniciada ontem, é direcionada ao atendimento ambulatorial e às consultas médicas nos hospitais. Nesta quarta, as paralisações se mantiveram com atividades locais, como audiências com secretários estaduais de Saúde e parlamentares, além de caminhadas e concentrações nos hospitais.
Nesta segunda-feira (16), os Ministérios da Saúde e da Educação ofereceram um reajuste de 20% no salário desses médicos a partir de 2011.
A associação diz que a greve será "por tempo indeterminado nos principais hospitais com programas de residência, que reúnem mais de 22 mil médicos”.
Já nos hospitais em que a greve acontecer, a associação promete que o atendimento à população não ficará prejudicado. A orientação é que nos serviços essenciais, como o das áreas de pronto-socorro e UTI, 30% dos residentes mantenham o trabalho. Outros setores, como ambulatório, continuam funcionando apenas com os profissionais da equipe médica e sem os médicos residentes.
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