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Policia MT
Quarta - 18 de Agosto de 2010 às 07:43
Por: Carolina Holland

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Uma das integrantes do projeto Batutinha acusou o prefeito de Dom Aquino, Eduardo Zeferino, de ter cometido abusos sexuais quando ela participava das atividades do grupo. Com mais essa vítima, sobe para seis o número de casos de crianças que acusam o gestor de molestá-las. As investigações correm em segredo de justiça.

O projeto Batutinha foi criado por Zeferino quando ele ainda não era prefeito do município e consistia em reunir as crianças e fazer passeios pela cidade. Segundo uma fonte do Diário, a criança que disse ter sido molestada durante as atividades do Batutinha tinha 6 anos na época dos abusos. O projeto não tinha nenhuma finalidade educacional ou cultural, o que faz com que a polícia suspeitasse que o Batutinha servia apenas como pretexto para que Zeferino pudesse atrair as vítimas.

Ainda segundo essa fonte, a Polícia Civil de Campo Verde, que conduz o caso, está investigando um abuso que teria acontecido em Itaúba, a 600 km de Cuiabá, quando Zeferino morou no município. O delegado Fernando Pigozzi não foi encontrado para confirmar essa informação.

O prefeito de Dom Aquino está sendo investigado desde o mês de julho por suspeita de pedofilia. Além do inquérito por estupro de vulnerável, a polícia também investiga Zeferino por crime de coação no curso do processo, porque as famílias das vítimas estariam sofrendo ameaças de morte por parte do gestor.

As denúncias de pedofilia envolvendo o nome de Zeferino também surgiram no mês passado, quando as mães das vítimas procuraram a Promotoria da Infância e da Juventude em Cuiabá para relatar os abusos. As supostas vítimas, ao serem ouvidas por uma psicóloga, confirmaram que foram abusadas sexualmente.

Os abusos teriam acontecido há aproximadamente três anos, de forma constante. As vítimas seriam filhas de amigos, conhecidos e de familiares do prefeito.

Depois de ouvir as vítimas e as famílias delas, a Promotoria de Justiça enviou o processo para a Procuradoria de Justiça, porque o prefeito tem foro privilegiado. O promotor José Antônio Borges, que acompanhou o processo desde o início, sugeriu à Procuradoria, na época, que pedisse a prisão preventiva de Zeferino. No entanto, por entender que o número de provas contra ele não era suficiente, o órgão pediu para que a polícia abrisse inquérito para investigar o caso. O Conselho Tutelar de Dom Aquino também está apurando outras denúncias de abusos que teriam sido cometidos por Zeferino.

Segundo informações de um investigador da Polícia Civil de Campo Verde, o prefeito ainda não se apresentou para prestar depoimento. Como tem foro privilegiado, o gestor pode agendar a data do depoimento ou prestar esclarecimentos diretamente à Justiça.






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