Caminhoneiros e transportadoras suspendem paralisação em Mato Grosso

A informação foi divulgada pela empresa, que disse ter firmado nesta manhã um acordo com os caminhoneiros para melhorar as condições de trabalho.

Os trabalhadores reclamam das precárias condições nos dois terminais e do tempo excessivo aguardado para descarregar da soja. Eles dizem ficar até 24 horas em pátios sem pavimentação, o que aumenta a poeira, no período de seca, e os atoleiros, nos meses de chuva.

A reportagem não conseguiu falar ainda com representantes dos trabalhadores.

O diretor-executivo da ATC (Associação dos Transportadores de Carga do Mato Grosso), Miguel Mendes, que participou da negociação, disse que a ALL se comprometeu a calçar os pátios com cascalho e pó de brita com piche no prazo de 120 dias, recapear as ruas de acesso aos terminais e suspender a cobrança dos banhos (de R$ 1 a R$ 2), entre outros pontos.

A ATC apoiou o protesto dos caminhoneiros e orientou as empresas a não enviar cargas para os terminais. Segundo Mendes, já foi enviado um novo comunicado às transportadoras liberando o envio de veículos.

Segundo nota divulgada pela empresa hoje, as operações nos terminais já estão normalizadas e não "houve impacto na logística ferroviária de cargas com destino ao porto de Santos".

A empresa informou que investiu mais de R$ 13 milhões em melhorias nos terminais, como a sinalização e ampliação de cem vagas no pátio, e a adoção de novas tecnologias que permitiram dobrar a capacidade de descarga, reduzindo o tempo de espera dos caminhoneiros nos pátios.