Ex-adjunto preso pela PF, Marega é nomeado na Agecopa
O ex-secretário adjunto de Mudanças Climáticas da pasta de Meio Ambiente (Sema), Alex Sandro Marega, preso durante a Operação Jurupari em maio, foi nomeado como assessor técnico I, DAC 2, na Agência Estadual de Execução dos Projetos da Copa do Mundo do Pantanal, a Agecopa, e voltou a integrar o grupo de funcionários DASs do governo estadual. A nomeação ocorreu em 9 de agosto e foi publicada por meio do ato número 47/2010, em 12 de agosto. O nome de Alex é citado várias vezes no inquérito, que apura a atuação de uma suposta quadrilha, que praticava crimes no Estado. Durante ás investigações, ele teve ligações telefônicas grampeadas pela Polícia Federal e supostamente facilitaria a aprovação de determinados pedidos.
Devido à existência do suposto ato ilícito, o governador Silval Barbosa (PMDB) chegou a exonerar Alex, junto com o ex-secretário-adjunto de Desenvolvimento Florestal da Sema, Afrânio Cezar Migliari, a ex-diretora da Sema em Alta Floresta, Karyn Daniela de Arruda Gomes, a ex-assessora técnica, Marizetti Caovilla, e ex-coordenadora de geoprocessamento, Luciana da Silva Stevam. Diferente desses servidores, Afrânio foi exonerado devido a pedido próprio.
Deflagrada em 21 de maio pela PF, a Operação Jurupari, culminou no cumprimento de 91 mandados de busca e apreensão e outros 91 de prisão em Mato Grosso e mais cinco Estados. Tiveram a preventiva decretada pela Justiça proprietários rurais, engenheiros florestais e servidores públicos. Entre as pessoas que tiveram o nome envolvido no caso estão o ex-secretário de Meio Ambiente, Luiz Henrique Daldegan, o ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Ubiratan Spinelli, o chefe de Gabinete do governador Silval Barbosa, Silvio Corrêa, além da mulher do deputado cassado José Geraldo Riva, Janete Riva.
O rombo supostamente causado pelo grupo, segundo a PF, seria de pelo menos R$ 900 milhões. Todos negam a prática de qualquer irregularidade e os advogados de defesa têm argumentado que houve viés político nas ações do juiz federal Julier Sebastião da Silva, que acompanhou as investigações e deferiu os pedidos de prisão. Recentemente, todos conseguiram habeas corpus definitivo e não correm o risco de serem presos outra vez. A liminar foi deferida pelo desembargador Tourinho Neto. Ele considerou que as prisões não preencheram os requisitos legais.
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