Denúncia motiva desistência de Zeca D’Ávila
A direção regional do DEM ainda tenta demover o ex-deputado estadual democrata Zeca D’Ávila de abandonar os planos de conquistar novamente cadeira na Assembleia Legislativa. No fim de semana, Zeca se reuniu com o presidente estadual do partido, Oscar Ribeiro, com a intenção de comunicar sua desistência de pleitear cadeira na Casa de Leis. Motivo: o envolvimento de seu nome em ação movida pelo Ministério Público Federal (MPF) que denunciou supostas fraudes em licitações para aquisição de cartilhas de programas do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), em Mato Grosso.
Apesar da posição do ex-parlamentar, que estaria decidido a deixar a disputar cargo eletivo, a direção do DEM teria conseguido contornar o assunto – pelo menos até o fechamento desta edição. Segundo Oscar, Zeca está preocupado com a repercussão negativa do episódio. “Ele (Zeca) não está acostumado com esse tipo de cenário, com o nome sendo posto na imprensa e por uma questão que ele tem como provar que não ocorreu na sua gestão. Então pedimos para que aguarde e que tome providências para assegurar a transparência das ações”, disse.
A direção do partido aconselhou o ex-parlamentar a buscar, junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), cópia da certidão negativa que comprova, segundo Oscar Ribeiro, a aprovação das contas sob sua gestão do Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural). Zeca é investigado pelo MPF por supostas irregularidades que teriam sido cometidas em sua administração. Zeca também é ex-presidente da Famato (Federação da Agricultura do Estado de Mato Grosso).
Nas duas ações propostas pelo Ministério Público Federal, que apontam prejuízos ao erário de aproximadamente R$ 9,9 milhões, surge também o nome do deputado federal Homero Pereira (PR) e outras 22 pessoas, além de Zeca. Segundo o dirigente partidário, o ex-parlamentar continua na lista de candidatos ao cargo de deputado estadual.
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