Ex-nadadora Rebeca Gusmão pode ter candidatura barrada pelo TRE-DF
A ex-atleta poderá cair no pente fino da Lei da Ficha Limpa, que veta candidatos "excluídos do exercício da profissão por decisão do órgão profissional competente, em decorrência de infração ético-profissional".
Em 2009, a Federal Internacional de Natação (Fina) condenou Rebeca por uso de doping no Pan-Americano de 2007, no Rio de Janeiro. Se enquadrada pela Justiça Eleitoral, ela ficará inelegível por oito anos.
O julgamento que definirá o destino político de Rebeca começou nesta segunda-feira, mas um pedido de vista do juiz Evandro Pertence adiou a discussão, segundo o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Distrito Federal.
Rebeca recebeu três votos contra e um favorável à sua candidatura. São seis juízes no total --os que já votaram ainda podem mudar de opinião. O julgamento deve continuar nesta terça-feira.
Uma pessoa chamada Durvalina Maria pediu a impugnação do registro de candidatura da ex-nadadora. Após parecer favorável do procurador Renato Brill, o MPE (Ministério Público Eleitoral) entrou com pedido para barrar a participação de Rebeca no pleito.
Brill entendeu que a decisão da federação esportiva impede as pretensões eleitorais de Rebeca. "A Fina suspendeu-a para a vida toda, esse é o termo utilizado. Por questão ético-profissional, que seria o doping, o caso se encaixa (...) na Lei da Ficha Limpa", o procurador disse à Folha.
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