Pesquisa indica que ser filho único não prejudica vida social
Crescer sem irmãos não significa que uma criança terá poucas habilidades sociais ao longo da vida, disseram pesquisadores durante o encontro anual da American Sociological Association. A informação foi publicada nesta segunda-feira no site da "BBC News".
Um estudo norte-americano com mais de 13.000 com jovens de idade entre 11 e 18 anos levantou que "filhos únicos" foram escolhidos como amigos de escola com a mesma frequência que outros que tinham irmãos e irmãs.
Um estudo anterior da equipe de Ohio State University havia encontrado habilidades sociais pobres em filhos únicos no berçário.
Mas eles descobriram que as crianças mudaram durante sua vida escolar com os colegas que têm irmãos.
Os pesquisadores usaram dados de sociologia do Estudo Nacional de Saúde do Adolescente, onde estudantes em mais de cem escolas foram entrevistados durante o ano acadêmico de 1994-1995.
Cada aluno recebeu uma lista de todos os alunos em sua escola, e pediu para identificar até cinco amigos e cinco amigas, para que os pesquisadores medissem a popularidade de um aluno contando quantas vezes os colegas o identificaram como um amigo.
Em geral, os alunos no estudo foram nomeados como amigos por uma média de cinco colegas.
Não houve diferenças significativas entre os números dos que tinham irmãos e dos que não tinham nenhum.
O número de irmãos de um adolescente não parece afetar a popularidade.
O status sócio-econômico, a idade dos pais, raça, e se um adolescente vivia com os ambos pais biológicos ou não foram fatores que afetaram os resultados.
Segundo Donna Bobbitt-Zeher, coautora do estudo e professora assistente de sociologia da Ohio State University, "Como o tamanho das famílias nos países industrializados diminui cada vez mais, existe uma preocupação sobre o que isso pode significar para uma sociedade onde mais crianças crescem sem irmãos e irmãs".
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