Sem um quadro de professores suficiente para atender à demanda muitos profissionais acabam acumulando funções, o que compromete também a qualidade da educação.
Falta de professores pode gerar greve em escolas públicas do MT
Nas próximas semanas muitas escolas do Estado podem entrar em greve como forma de protesto contra o impedimento de contratação de professores durante o período eleitoral. "Esta é uma das ações que podem ser utilizadas como mecanismo para pressionar as autoridades que compactuam com esta decisão", apontou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), Gilmar Soares.
Segundo Soares faltam professores em todo o Estado, sendo que a região de Sinop responde por 10% do total. O impedimento para substituição de professores licenciados no período eleitoral está amparado no acórdão nº 18.881, do pleno do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE/MT), o que, para o sindicalista, se configura na negação de um direito constitucional.
O presidente afirma que uma possível paralisação conta com o apoio dos estudantes, que apontam queda na qualidade de ensino. "Um dos representantes da Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas) em Mato Grosso se colocou à disposição para somar esforços com a categoria, a fim de resolver o impasse", frisou.
Gilmar lembra ainda que por conta da falta de pessoal diretores e assessores tem, por orientação da Seduc, assumido algumas disciplinas em sala de aula, acumulando funções e prejudicando a qualidade do ensino.
De acordo com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) o TRE não respondeu à programação de contratações enviadas em março. A assessoria do órgão lembrou também que há casos imprevisíveis de licença, como problemas de saúde e óbitos.
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