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Brasil Eleições 2012
Sábado - 14 de Agosto de 2010 às 17:13

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Na liderança da pesquisa Datafolha, a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, adotou neste sábado um discurso cauteloso em relação a uma vitória no primeiro turno.

A petista disse que a campanha ainda tem fatos novos, como o início da propaganda eleitoral na terça-feira, que podem mudar o cenário da disputa.

Para a candidata, não haverá "salto alto, soberba ou autossuficiência" em sua campanha. Dilma disse esperar que o resultado da pesquisa não provoque uma desmobilização na militância.

"Prefiro não tratar dessa questão [primeiro turno] através de análise de pesquisa. De hoje até o dia 3 de outubro não tem nada decidido", disse.

O Datafolha divulgado na noite de ontem (13) aponta a petista com 41% das intenções de voto contra 33% de José Serra (PSDB). Considerados apenas os votos válidos, Dilma tem 47% e fica a três pontos de uma eventual vitória no primeiro turno.

A Folha apurou que Dilma e o presidente Lula se encontraram na noite de anteontem (12) na Base Aérea de Brasília para discutir a pesquisa. Lula orientou a candidata a ampliar a agenda na região Sul, que continua liderada por Serra.

A petista minimizou o impacto das pesquisas de intenção de voto. "Para a gente ganhar eleição não é pesquisa que importa. Sabe o que importa? É a gente se esforçar ao máximo para comunicar o programa que nós desenvolvemos de continuidade e de aprofundamento do governo Lula", afirmou.

Dilma concedeu entrevista antes de gravar cenas para a propaganda eleitoral em um estúdio no centro de Brasília. A decoração do local, segundo ela, representava um ambiente da nova classe média alavancada pelo governo Lula.

Pela manhã, Dilma passou uma hora em meia no Palácio da Alvorada, enquanto o presidente fazia imagens para a propaganda eleitoral.

Em uma das cenas, Lula aparece no hall de entrada do palácio acenando. "Não gravei. Ele estava dando apoio a outros candidatos", disse.

Segundo Dilma, a conversa foi sobre a visita de Lula às obras da Usina Hidrelétrica de Jirau, em Rondônia, nesta sexta-feira. A candidata disse que o projeto é uma "parceria" entre os dois e que o presidente estava "encantado".

A candidata comentou reportagem da revista Época que afirma ter dúvidas sobre a participação dela na luta contra a ditadura militar.

"Eu não participei de ação armada. Sequer fui julgada por isso ou condenada".

A petista disse ainda que correu risco de vida ao ser torturada e defendeu "cuidado" em relação a revisão das indenizações das vítimas do regime, determinada pelo TCU (Tribunal de Contas da União).

"Tem que ter cuidado com isso. É possível que haja excessos, mas tem que ter cuidado pelo seguinte fato: a indenização para tortura e para torturados é uma indenização muito pequena para o que a tortura fez com várias pessoas, algumas pessoas elas perderam a energia vital, cada ser humano é diferente ao enfrentar a adiversidade".

Dilma disse não acreditar que o tema será explorado por seus adversários na campanha. "Eu tenho orgulho de ter lutado contra a ditadura do primeiro ao último dia. Acho que aqueles que lutaram contra a ditadura são pessoas que tiveram a generosidade de enfrentar inclusive a morte. Não estávamos lutando sem correr risco de vida", disse.

Em relação à denúncia da revista Veja de que haveria um dossiê elaborado por setores do PT contra a governadora do Maranhão, Roseana Sarney, Dilma disse que não iria comentar.

A petista disse ainda que o envolvimento de dossiê em campanha não traz resultados. "Eu acho que o povo está bastante treinado para perceber a ineficácia disso". 






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