Kaká risca Brasil da recuperação de sua lesão
Kaká, 28, riscou o Brasil do mapa em termos médicos. Nada de operações, como a no joelho, realizada em 2008 por José Luiz Runco, o médico da seleção brasileira.
Nem temporadas de fisioterapia no Reffis, o aclamado centro de recuperação física do São Paulo, onde o meia-atacante era figura fácil --sua última passagem por lá foi pouco antes da Copa do Mundo da África do Sul.
São dois motivos diferentes para Kaká não querer mais tratar de seus problemas físicos no Brasil.
Julien Warnand/Efe |
De muletas, Kaká deixa hospital na Bélgica |
No caso das cirurgias, o jogador prefere hoje ficar sob cuidados de profissionais europeus. Foi um belga --Marc Martens-- quem operou na semana passada o mesmo joelho esquerdo operado por Runco há dois anos, em procedimento que pessoas próximas ao jogador não consideram um sucesso.
Quanto ao trabalho de fisioterapeutas e preparadores físicos, Kaká quer evitar o Brasil por conveniência. Ele iniciou a recuperação da última cirurgia com um fisioterapeuta espanhol, que não trabalha no Real Madrid, mas que foi indicado pelo clube. O tratamento já começou. E vai ser longo.
São duas sessões diárias de fisioterapia. Por pelo menos 20 dias todo esse trabalho será feito na casa do jogador, em Madri. Não foi necessária a montagem de estrutura especial, já que, por enquanto, os exercícios são leves. Kaká já consegue caminhar sem muletas, mas ainda as usa por segurança.
O meia-atacante não pretende voltar ao Brasil em nenhum dos quatro meses que o separam de sua volta aos gramados, segundo a previsão dos profissionais europeus que agora tomam conta do corpo de Kaká. Desde o fim da Copa do Mundo que a saúde de Kaká virou assunto de debate.
Primeiro, quando o médico belga declarou que o jogador colocou sua carreira em risco ao disputar o Mundial da África, quando o atleta dizia que estava bem. Runco, o médico da seleção brasileira, rebateu dizendo que faltava ética ao colega de profissão.
O assunto voltou à tona no final da noite de quinta-feira, quando o jornal espanhol "Marca" divulgou a primeira parte de uma entrevista com o jogador, em que ele diz ter feito infiltrações para poder jogar nos últimos meses.
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