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Economia
Sábado - 14 de Agosto de 2010 às 08:10

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O economista-chefe do Itaú-Unibanco, Ilan Goldfajn, disse que, enquanto o ingresso de investimento estrangeiro no Brasil estiver financiando o déficit em conta corrente, o País conseguirá crescer a uma taxa sustentada de 4,5%. No entanto, ele defendeu a necessidade de o investimento no Brasil subir para uma taxa de 22% do PIB. A taxa atual é de 19% do PIB. Isso implicaria, de acordo com o economista, em o governo federal elevar a sua parte no investimento total no País em 0,7 ponto porcentual do PIB, que saltaria de 1,9% para 2,6% do PIB.

Goldfajn defendeu também a realização das reformas para viabilizar o cenário de maior investimento na economia brasileira. Ele ressaltou, no entanto, que se fala em muitas reformas, como a previdenciária e a tributária, mas que há muitas reformas, no âmbito da micro economia, que precisam ser feitas para reduzir a burocracia no Brasil.

O economista afirmou ainda que, com o atual cenário macroeconômico, a taxa de juros real no Brasil só cairia para algo em torno de 3,5% em 2020. Mas, se as reformas forem feitas, a taxa de juros poderá cair muito mais rápido. Hoje, as reformas no Brasil, segundo ele, estão em ritmo de América Latina e precisariam chegar, por exemplo, ao ritmo da Coreia.

A maior reforma, segundo Goldfajn, é a educacional. Ele disse que se critica muito a política cambial dos países asiáticos, que favorecia as exportações desses países, mas que esses países investiram pesadamente em educação. E, hoje, usufruem de taxas de investimento elevadas.






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