Decisão do TSE pode mudar conjuntura
Decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) poderá colaborar para uma eventual participação da presidenciável Dilma Rousseff (PT) na campanha do candidato ao governo, Mauro Mendes (PSB). Na quinta-feira, a Corte Eleitoral derrubou decisão anterior que previa a verticalização da propaganda eleitoral. Na prática, o TSE assegura que candidatos à presidência da República de partidos coligados nacionalmente, podem aparecer no horário eleitoral gratuito das siglas nos estados.
A posição do TSE expõe o seguinte cenário: Dilma pode, por exemplo, aparecer “tanto na propaganda eleitoral do seu colega de partido, governador da Bahia Jacques Wagner, quanto na do adversário regional de Wagner, Geddel Vieira (PMDB). No quadro de disputa nacional, o PT conta com apoio do PMDB, que ocupa a vice na chapa de Dilma, o presidente da Câmara Federal, deputado federal Michel Temer (SP). A decisão da Corte Superior foi em resposta a consulta formulada pelo senador Marconi Perillo (PSDB-GO), candidato ao governo.
A posição do TSE poderá reforçar os planos da coligação Mato Grosso Melhor Pra Você, encabeçada pelo empresário e candidato ao governo, Mauro Mendes (PSB). O postulante afirma que a presidenciável Dilma Rousseff fará parte de sua campanha. O maior argumento do candidato é o fato de que o PSB também faz parte da aliança nacional com o PT. No entanto, pesava até então sobre o bloco o fato de os partidos aliados de Mauro terem posições em âmbito nacional que entram em confronto com o PT.
É o caso do PPS que apoia o adversário de Dilma, o ex-governador de São Paulo, presidenciável José Serra (PSDB). A situação também é evidenciada no PV, que no Estado caminha com Mauro e tem projeto próprio nacional, com a candidatura da ex-ministra do Meio Ambiente e candidata ao comando do Palácio do Planalto, Marina Silva.
Em Mato Grosso, o PT faz parte da coligação Mato Grosso em Primeiro Lugar, encabeçada pelo candidato à reeleição, Silval Barbosa (PMDB). Presidente regional do PT, o candidato ao Senado, Carlos Abicalil, assegura que Dilma apoia o chefe do Executivo estadual nas eleições de 2010.
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