Número de candidaturas de mulheres ‘acende’ alerta
A escassa participação da mulher na disputa eleitoral gera preocupação no Congresso Nacional sobre o cumprimento da cota assegurada para a classe, que reserva 30% das vagas para candidatas. Do total de postulantes ao Senado Federal, apenas 13,6% são mulheres, inviabilizando assim a proposta de equilíbrio entre as representações masculinas e femininas.
O percentual, verificado em dados disponibilizados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi comentado ontem pela candidata à Câmara Federal, senadora Serys Slhessarenko (PT). Ela defendeu no Congresso Nacional maior participação da mulher na disputa eleitoral. Lembrou que o quadro se repete em relação às postulações para cargo de deputada federal. E reiterou ainda que o mesmo ocorre em relação as disputas para as Assembleias Legislativas e para as câmaras municipais.
Serys lembrou que o cenário gera reflexos para as políticas públicas direcionadas para as mulheres no país. Para garantir a aprovação de projetos no Congresso Nacional, voltados para a classe, é preciso reforço da bancada feminina. Quanto maior o número de representantes políticas mulheres, maior a possibilidade de garantir avanços sobre aprovação de propostas.
A senadora lembrou ainda que “se apenas 13,6% sairão como candidatas, um número menor será eleito, o que pode reduzir a bancada feminina no Senado e consequentemente, dificultar o andamento das propostas que beneficiarão as mulheres”. Ela também lembrou que o cenário das eleitas poderá ser ainda menor que o número de postulantes registradas para as eleições – já que não existe garantia de que todas serão eleitas.
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