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Saúde
Sexta - 13 de Agosto de 2010 às 14:53

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Uma pesquisa realizada na Universidade de Medicina de Dresden, na Alemanha, indica que a a parte do cérebro responsável pelo olfato de uma pessoa deprimida é menor do que normal. Segundo os estudiosos, o levantamento pode explicar porque muitos distúrbios psicológicos parecem suprimir o sentido e podem contribuir para o tratamento da doença.

Depressão, esquizofrenia e transtorno afetivo sazonal suprimem o sentido do olfato. Para descobrir isso, os pesquisadores expuseram pessoas - 21 com depressão maior e 21 que não estavam deprimidas - a uma substância química com um ligeiro odor, aumentando progressivamente a concentração até que os voluntários pudessem sentir o cheiro.

A equipe também mediu os bulbos olfativos dos voluntários - parte do cérebro que permite o sentido do olfato - usando ressonância magnética.

As pessoas que não estavam deprimidas eram capazes de sentir o cheiro do produto químico em níveis significativamente mais baixos do que os voluntários deprimidos. Os depressivos também tinham um bulbo olfativo muito menor, numa média de 15%.

O estudo ainda descobriu que quanto mais grave é a depressão em uma pessoa, menor é o seu bulbo olfativo. Os efeitos estavam presentes independente do indivíduo estar tomando antidepressivos.

NO SANGUE

O volume do bulbo olfativo e a depressão são provavelmente relacionadas ao processo de neurogênese, o crescimento de novos neurônios no cérebro, segundo os pesquisadores.

A depressão é conhecida por inibir a neurogênese em áreas do cérebro como o hipocampo, e as pessoas deprimidas frequentemente têm baixos níveis sanguíneos de uma substância química que promove a neurogênese.

O trabalho pode ajudar no tratamento da depressão, segundo o líder da pesquisa Thomas Hummel. O volume do bulbo olfativo pode ser utilizado como uma medida objetiva para saber se o tratamento está funcionando, disse ele. 






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