Isso quer dizer que, por esse critério, na Bahia, por exemplo, a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, poderá participar da propaganda de dois candidatos adversários na disputa pelo governo estadual: Jacques Wagner (PT) e Geddel Vieira Lima (PMDB). Isso porque os dois partidos integram a aliança nacional que sustenta a candidatura da ex-ministra.
A propaganda eleitoral no rádio e na TV começa no dia 17 de agosto e vai até 30 de setembro.
A decisão do TSE foi uma resposta à consulta feita pelo senador Marconi Perillo (PSDB-GO). No final de junho, em resposta a outra consulta feita pelo PPS sobre o mesmo assunto, o TSE causou controvérsias ao sugerir a limitação da participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e dos candidatos à Presidência em campanhas de aliados nos estados que fossem de partidos rivais na disputa nacional.
Reportagem publicada pelo do G1 no último dia 31 mostrou que pelo menos dois terços das 77 coligações que disputam governos estaduais do país poderiam ser prejudicados, caso a verticalização da propaganda regional fosse mantida pelo TSE.
Os ministros decidiram cancelar a publicação da primeira definição até que esta nova consulta fosse examinada e o assunto pudesse ser revisto pelo plenário.
O TSE, no entanto, não se pronunciou na sessão desta quinta sobre casos como o do Rio de Janeiro, onde o PV, partido do candidato ao governo Fernando Gabeira, está coligado com o PSDB – as duas legendas são rivais na disputa nacional.
Como a decisão anterior do tribunal não foi publicada, em tese, a candidata do PV à Presidência, Marina Silva, e o presidenciável do PSDB, José Serra, poderiam participar da propaganda de Gabeira.
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