Mas o regresso de Valdivia, como quase tudo no Palmeiras, chegou a ser uma novela. Durante a Copa do Mundo, o clube paulistano se articulava nos bastidores para conseguir ter o chileno novamente. Somente no dia 27 do último mês a contratação foi confirmada pelo presidente palmeirense Luiz Gonzaga Belluzzo. O acordo é de cinco anos e só foi selado definitivamente no último domingo, na casa do mandatário alviverde. Na apresentação, Valdivia recebeu a camisa 10 das mãos de Salvador Hugo Palaia, que já foi da diretoria de futebol e apostou na contratação do Mago em sua primeira passagem pelo clube.
- Quero agradecer aos torcedores pelo carinho, pois sem eles não estaria aqui, aos responsáveis pela minha volta e aos companheiros que vão me ajudar. Como eu já disse uma vez, o Palmeiras é a minha casa. O filho retornou. Espero que seja uma volta de ainda mais sucesso. Tenho um contrato por cinco anos e quero ser como o Marcos e o Ademir da Guia, os dois maiores ídolos do clube - ressaltou o meia, bastante emocionado.
Especula-se que o clube tenha desembolsado cerca de 6 milhões de euros (aproximadamente R$ 13,7 milhões). Essa verba foi conseguida graças aos patrocínios exibidos na camisa do clube e do grupo de sócios investidores, chamado “Eternos Palestrinos”, que ajudaram na contratação e, teoricamente, reaverão o dinheiro com certa margem de lucro no futuro. Confira os principais trechos da entrevista coletiva de Valdivia no retorno ao Verdão.
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"Time grande como o Palmeiras tem de brigar pelo que tiver na frente, e para ganhar, pois tem história. Se não der, não deu, mas tem de lutar. Não adianta acordar cedo pra treinar se não tem na cabeça o objetivo de ser campeão".
Trabalhar com Felipão
"É um prazer. Sempre queremos os melhores treinadores do mundo e hoje o Palmeiras tem. Só tenho de aprender com ele, treinar muito, trabalhar, ganhar".
Passagem pelos Emirados Árabes
"Fiquei fora só de cabeça, mas o coração estava aqui. Nunca deixei de treinar porque sabia que mais cedo voltaria para o Palmeiras. Estava disputando a Copa do Mundo e não poderia relaxar. Pode perguntar para o preparador físico do Palmeiras em que nível cheguei. Estou bem e pronto para jogar".
Magias em campo
"Vocês querem que eu fale o quê? Vou ter de fazer o meu trabalho, dar o melhor pelo time que amo (aplausos). Vou trabalhar do mesmo jeito que sempre fiz, não tem como não perceber o peso que significa. Com todos vocês aqui já dá para sentir. Quando cheguei ninguém me conhecia, só meus parentes. Essa volta significa muito. Vou batalhar para corresponder o carinho que o torcedor tem por mim".
Pressão por resultados
"Que pressão? (mais aplausos vindos de torcedores e do presidente). Não é pressão, mas ter todos vocês aqui me dá força extra para buscar a condição de ídolo no Palmeiras. Essa é a minha meta pela frente".
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