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Economia
Quinta - 12 de Agosto de 2010 às 10:59

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A desigualdade na distribuição de renda nos municípios brasileiros teve o crescimento mais acentuado na região Centro-Oeste (que reúne Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e o Distrito Federal) nos quase 40 anos entre 1970 e 2007, segundo estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) divulgado nesta quinta-feira (12).

O índice que mede a desigualdade da região ficou em 0,35 ponto em 2007, contra 0,28 ponto em 1970 - período ao qual se refere o estudo. O aumento no período foi de 22,9%.

O indicador, chamado de Gini, que considera a distribuição de renda anual entre os brasileiros, varia de zero a 1. Quanto mais perto do zero, menor é a desigualdade, e quanto mais próximo de 1, maior o desequilíbrio na distribuição de renda.

Na região Norte também houve aumento nesse período, com o índice ficando em 0,32 ponto em 2007, contra 0,30 em 1970 - aumento de 8,7%. No Nordeste, por sua vez, houve uma queda de 48,3% no indicador no período, de 0,59 para 0,31; no Sul também caiu, de 23,1% (de 0,32 para 0,25), ficando no menor entre as regiões brasileiras no período.

No Sudeste (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo) o índice recuou para 0,39 ponto em 2007, uma queda de 4,1% em relação a 1970 (quando estava em 0,41). Apesar da baixa, o indicador da região se manteve como o maior do país.

 

Segundo o Ipea, o Brasil vem apresentando desde a década de 1970 um certo “congelamento no grau de desigualdade” de renda nos municípios. Para o instituto, as políticas públicas para reverter esse desequilíbrio “mostram-se fundamentais, embora insuficientes sem o desenvolvimento de uma política nacional de desenvolvimento regional e local”.

- A descentralização do gasto público iniciada originalmente pela Constituição Federal de 1988 deveria avançar ainda mais, bem como o fortalecimento da desconcentração dos investimentos em infraestrutura produtiva promovido por políticas como o PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) 1 e 2.

Estatais e bancos públicos têm papel estratégico no plano do governo federal para reduzir a desigualdade, mas isso também vai exigir uma recuperação do poder de ação nos Estados - que terminaram perdendo espaço devido a privatizações de bancos e à guerra fiscal.





Fonte: Do R7

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