Vemos as campanhas na televisão, nos jornais, nas revistas, nas ruas e os números não melhoram. Os casos só aumentam.
São os médicos que dizem, em nova pesquisa: câncer de pele - os homens estão se descuidando. É um alerta para uma mudança de hábitos urgente.
O alerta vale para homens e mulheres. O câncer de pele é o mais comum no Brasil, corresponde a 25% de todos os tumores malignos. Ele é mais comum em quem tem mais de 40 anos.
A melhor maneira de evitá-lo é mesmo a prevenção: evitar o sol nos horários mais críticos e usar o filtro solar, que ameniza alguns efeitos nocivos do sol.
Na aula de futevôlei, o professor diz que chega com pressa no treinamento, quando percebe esquece, e aí quando está no meio do treinamento, está com a pele queimada.
E adianta falar para não esquecer do protetor? “Eu acho muito ruim usar assim eu não gosto, mas é uma necessidade”, assume a bióloga Érica Fernandes.
O Ministério da Saúde ouviu mais de 54 mil pessoas. Menos da metade se preocupa com o sol.
“Eu uso pouco, tenho preguiça de passar protetor solar”, admite um homem.
O descuido é pior em uma das cidades mais quentes do país: Salvador. E quem dá mais trabalho? Os homens. Eles passam menos filtro solar que as mulheres.
Das mulheres entrevistas, 55,5% disseram que se protegem. Entre os homens, 37,2 % têm essa preocupação com a pele. Fabiana diz que o marido só sai de casa protegido, mas ela tem que vigiar.
“Fico no pé, com vidrinho atrás, passa aqui antes de sair tem que proteger a pele”, diz Fabiana.
O perigo: câncer de pele atinge mais os homens brasileiros do que o tumor de próstata, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer.
O sinal de alerta? Verrugas, feridas que não cicatrizam e o mais grave: manchas na pele que não param de crescer.
“Nossa sociedade é machista e tem esse preconceito de aplicar o creme, acha que creme é coisa de mulher e está esquecendo que a gente está lidando com protetor solar que vai proteger contra doença muito grave que é o câncer de pele”, alerta o dermatologista Gilvan Alves.
A pesquisa do Ministério da Saúde mostra também que quanto maior o grau de instrução, mais as pessoas se protegem dos raios ultravioleta. Entre as mulheres, a preocupação e o uso do protetor aumentam com a idade.
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