Junto a ele mais 2 adolescentes roubavam em VG para comprar pasta-base. Polícia desarticulou grupo ontem, quando flagrou armas com menores
Garoto de 13 anos é líder de gangue em VG
Policiais da Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos (Derrf) de Várzea Grande desarticularam ontem uma gangue chefiada por um garoto de 13 anos que assaltava em vários bairros da cidade. Foram presos três garotos - um de 16, outro de 15 e o chefe do bando, de 13. Com eles, os policiais apreenderam uma faca e também uma arma artesanal. Eles foram detidos na localidade de Capão Grande, minutos antes de invadir um mercadinho.
“Os três estavam próximos de um mercadinho e armados. Assim que foram trazidos para a delegacia, confessaram que iriam assaltar o estabelecimento comercial. O dinheiro que conseguissem, iriam comprar drogas no centro de Várzea Grande”, informou a chefe de operações, policial civil Nice Alegria.
Segundo ela, a gangue foi reconhecida no assalto a três pedestres ocorrido no dia anterior, no bairro Costa Verde. As vítimas foram obrigadas a entregar telefone celular, carteira com documentos e dinheiro.
Os três moram no bairro próximo da Capela do Piçarrão e se deslocaram de ônibus até o Capão Grande. De lá, iriam para próximo da feira do Fiotão onde um é cliente de uma boca-de-fumo. “Nesse trajeto, entre o roubo e a boca-de-fumo, com certeza acabam praticando outros assaltos”, assinalou a chefe de operações.
No entendimento de Nice Alegria, a detenção dos garotos ilustra a triste realidade dos jovens - principalmente adolescentes - usuários de drogas que praticam ações criminosas para sustentar o vício. “A faca, podem ter conseguido em algum lugar, podem ter furtado. A arma, uma imitação que não é de revólver nem pistola - é toda preta por causa da fita adesiva. Não atira, mas constrange as pessoas e alguém pode até ter um infarto”, frisou.
Os policiais não descartam a hipótese de haver mais integrante da gangue e terem praticado mais assaltos, mas a legislação impede que os rostos dos adolescentes sejam divulgados. “Se fosse possível fazer a divulgação, com certeza iriam aparecer novas vítimas”, explicou um policial que participou da prisão.
Os policiais explicaram que as pessoas poderão procurar a delegacia, pois as fotos dos adolescentes ficam armazenadas no computador para futuros reconhecimentos, mas não garantem a recuperação dos produtos roubados. “Na prática, é um esclarecimento do crime, mas dificilmente conseguimos recuperar o que os infratores levaram”, frisou um policial.
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