O discurso no vestiário do Internacional após a vitória por 2 a 1 sobre o Chivas, no primeiro jogo da final da Copa Libertadores, fora de casa, foi unânime: é preciso evitar o clima de "já ganhou" para que o título seja confirmado até mesmo com um empate, no jogo da volta, na próxima quarta-feira, no Beira-Rio.
Já na saída de campo, o zagueiro Índio alertou: "o time está de parabéns pelo resultado, mas não adiantará nada achar que o título está ganho". Bolívar, capitão do time, pediu "pés no chão" e respeito ao Chivas, mas ressaltou a emoção pela proximidade do sonho de erguer a taça continental para o time colorado. "Quando retornei ao clube após dois anos na Europa, esperava justamente viver este momento", disse ele à Rádio Gaúcha.
O técnico Celso Roth ressaltou o equilíbrio emocional do Inter, que não se abateu mesmo diante da desvantagem a que foi submetido no final do primeiro tempo, com o gol de Bautista. A aposta em Everton para o lugar do lesionado Alecsandro, ocorrida ainda no primeiro tempo, foi uma tentativa de manter a característica de jogar do time.
"Ambos são semelhantes no modo de atuar, mas o Everton não rendeu tecnicamente", avaliou o treinador, que substituiu o próprio no segundo tempo, para o ingresso de Rafael Sobis.
O vice-presidente de futebol do clube, Fernando Carvalho, destacou a maturidade da equipe, que reverteu desvantagens recentemente contra Estudiantes, Atlético-MG e ontem, contra o Chivas. Entretanto, fez questão de frisar que o título não está ganho.
"Em 2008, ganhamos a primeira final da Sul-Americana em La Plata e perdemos para o Estudiantes no Beira-Rio, o que quase nos tirou o título. O torcedor precisa lotar o Beira-Rio e empurrar o time rumo ao bicampeonato", pediu o dirigente.
A exemplo de Roth e Carvalho, o presidente colorado, Vitório Piffero, comemorou a maturidade do time. "Tivemos total domínio das ações o tempo inteiro", disse o mandatário.
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