Encontro vai definir recomendações para cultivo de soja na próxima safra
As estratégias de manejo sustentáveis também fizeram parte dos relatos estaduais. A integração lavoura-pecuária-floresta foi apontada como uma alternativa interessante para os estados de Roraima, Pará e Tocantins – neste último, verificou-se maior disseminação do plantio direto. Já o Paraná alerta para a ampliação de problemas com erosão, resultantes da não adoção da prática de rotação de culturas e também da retirada ou do rebaixamento dos terraços.
Pesquisadores da maioria dos estados brasileiros produtores de soja participam, em Brasília, da XXXI Reunião de Pesquisa de Soja da Região Central do Brasil. No primeiro dia do encontro, ontem, o foco principal foi a apresentação de relatos estaduais da cultura. A partir das realidades apresentadas, foram levantadas demandas de pesquisa que serão discutidas no evento. No final da reunião, previsto para hoje, deverão ser definidas as recomendações para o cultivo da soja na próxima safra.
Os relatos apontaram a ferrugem asiática ainda se apresenta como um grande desafio para a pesquisa. Estados como Mato Grosso, Paraná, Goiás, São Paulo, Minas Gerais e Rondônia – além de parte do Mato Grosso do Sul – relataram severidade e prejuízos nas ocorrências da doença, o que exigiu maior número de aplicações de fungicidas. Pesquisadores goianos e paranaenses relacionam o problema à falta de respeito e fiscalização do vazio sanitário, além das condições climáticas favoráveis ao desenvolvimento do fungo.
Os estados apontaram também aumento de ocorrências de Soja Louca II, uma anomalia cuja causa ainda não é conhecida pela pesquisa. Mato Grosso, Pará, Maranhão, Piauí, Tocantins e Roraima abordaram o aumento do problema em suas lavouras. A infestação por nematoides foi também relatada como uma dificuldade em Mato Grosso, Goiás, Bahia, Maranhão e Piauí.
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