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Quarta - 11 de Agosto de 2010 às 07:44
Por: Ana Rosa Fagundes

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A eleição para o novo presidente da Câmara Municipal de Cuiabá acontece no dia 25 deste mês. Os vereadores aprovaram ontem em sessão plenária uma emenda que altera a data da eleição, que seria realizada só em dezembro.

O projeto que propôs a alteração da data é de autoria do vereador Francisco Amorim, o Chico 2000 (PR), mas quem fez toda a articulação para a emenda ser aprovada foi o vereador Adevair Cabral (PDT), candidato à sucessão de Deucimar Silva, atual presidente.

A chapa de Adevair conta ainda com Everton Pop (PP) como vice-presidente. Lueci Ramos (PSDB) e Chico 2000 também farão parte, mas em cargos que ainda serão definidos. O pedetista garante que tem pelo menos 12 votos para a eleição, contando inclusive com o apoio do atual presidente, Deucimar.

Vereador licenciado, o secretário municipal de Transportes Urbanos, Edivá Alves (PSDB) também articula sua candidatura nos bastidores e era terminantemente contra a antecipação da eleição.

A alteração foi aprovada com 14 votos dos 18 parlamentares presentes. Os vereadores Pastor Washington, Domingos Sávio (PMDB), Paulo Borges (PSDB) e Lúdio Cabral (PT) votaram contra a antecipação.

Como argumento para a antecipação da eleição Adevair alega que assim a interferência e “jogos de interesse” serão menores. Hoje, cinco vereadores são candidatos a deputado estadual.

Segundo Adevair, “se deixarem a escolha do novo presidente ficar para depois das eleições gerais que acontecem em outubro vereadores que forem eleitos para deputado vão querer interferir através dos pupilos, assim como o que ficarem”.

A tese, porém, é contraditória, já que o processo eleitoral está fervendo e é um momento onde a interferência também pode ser grande.

O vereador Pastor Washington (PRB), que votou a contra a antecipação, disse que fica preocupado por estar ouvindo falar de campanha para mesa diretora em pleno processo eleitoral majoritário.

Adevair era secretário municipal de Cultura até abril deste ano. Ele pediu para sair do cargo ao prefeito Chico Galindo (PTB) para poder voltar à Câmara e articular sua candidatura à presidência.

Vereador licenciado, o secretário Edivá Alves reclamou da medida e da instabilidade dos ritos da Câmara, dizendo que a eleição não pode mudar conforme vontade de certos vereadores.

Defendendo Adevair, o vereador Toninho de Souza (PDT) censurou a postura do secretário Edivá, que declarou que os vereadores fazem “lambança” na Câmara. Para Toninho, ele tem todo o direito de ser candidato à presidência da Câmara também, basta que ele esteja dentro da Casa, como vereador. Ele ainda comparou sua atuação e a de Adevair com a de Edivá, afirmando que o pedetista veio para a Câmara justamente para trabalhar sua candidatura. “O mesmo posicionamento não teve Edivá”, reclamou.

Os vereadores favoráveis à mudança também fizeram uma comparação com a Câmara de Várzea Grande, que já fez a eleição da nova mesa diretora antes do recesso de julho, e também da Assembleia Legislativa, que já mudou a data da eleição diversas vezes.






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