Site de classificados rejeita acusação de estímulo à prostituição
O site americano de classificados Craigslist divulgou um comunicado nesta segunda-feira afirmando combater o abuso sexual de crianças, após ter sido acusado de promover a prostituição infantil em uma carta aberta publicada no jornal americano "The Washington Post".
A polêmica a respeito da seção de anúncios "adultos" do site começou na última sexta-feira, quando duas mulheres publicaram um anúncio pago no jornal americano afirmando que o serviço havia arruinado suas vidas.
Uma das autoras da carta afirmou ser uma mulher de 17 anos e se identificou pela sigla M. C.
Segundo a carta, ela teria sido forçada a se prostituir quando tinha 11 anos por um homem mais velho. O site de classificados seria usado para publicar anúncios e fechar programas.
"Eu fui forçada a entrar na prostituição por um homem de 28 anos quando eu tinha 11", diz a carta.
"O dia todo, eu e outras garotas ficávamos sentadas com nossos laptops, publicando fotos e respondendo a anúncios".
"Agora eu tenho 17 anos, e minhas lembranças de infância não são de minha família (...) mas de fazer arranjos no Craigslist para ser vendida e de responder ao maior número de anúncios possível por medo de apanhar".
A carta ainda continua afirmando que o site é usado por agenciadores porque "é muito conhecido e há raras consequências para quem o usa para atos ilegais".
RESPOSTA
Como resposta, o diretor-executivo da empresa, Jim Buckmaster, divulgou um comunicado onde pergunta se os responsáveis pelos crimes relatados estão "atrás das grades" e se os grupos que pagaram pelo anúncio poderiam "mostrar os registros das denúncias para a polícia".
"Se o Craigslist foi usado de maneira errada, queremos saber mais para que possamos melhorar nossas medidas preventivas", disse.
"Se qualquer pessoa que cometeu estes crimes ainda não foi processada e presa, queremos fazer tudo que estiver a nosso alcance para ajudar a polícia", diz o comunicado.
Buckmaster afirmou ainda que cada anúncio do serviço "adulto" do site está sendo monitorado manualmente e que os fatos relatados devem ter acontecido antes que isso fosse implementado.
Críticos, no entanto, defendem que a seção seja definitivamente fechada.
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